Criamos o Território JPPS, a rede social on line do Curso JPPS, construído com a ferramenta ning

Neste final de março de 2009 entra no ar o Território JPPS ( http://territoriojpps.ning.com ), a rede social de nosso curso. Isto só foi possível graças à sugestão de Egeu Laus e à formação de um GT formado por Egeu Laus, Luiz Fernando Dudu e Flávia Ribeiro, alunos e ex-aluno do curso.

Na abertura do Território está lea escrito nosso compromisso:

Somos pessoas conscientes de que a condição humana é a de comunicar, e assim construir vida em sociedade; ou, então, não-comunicar e mergulhar na violência.

A oportunidade que está aberta na sucessão de crises é, portanto, um desafio de comunicação: para a comunicação, para os comunicadores, para a capacidade humana de comunicar.

Em rede, potencializamos nossas formações como ativistas, cientistas políticos, jornalistas, comunicadores, pensadores, psicólogos, servidores públicos, médicos, assistentes sociais, executivos, estudantes e profissionais de muitas áreas da complexidade humana, de múltiplos modos lideranças sociais de redes, movimentos e organizações dos três setores, reunidos pelas questões que movem o Curso de Extensão e Disciplina JPPS-Jornalismo de Políticas Públicas Sociais, criado em 2007/1 pelo Núcleo de Estudos Transdisciplinares de Comunicação e Consciência-NETCCON.ECO.UFRJ em convênio com a ANDI.

O NETCCON constrói em rede, e na conversa com nossos convidados e interessados em nosso trabalho, um pensamento novo, consciente de que nesta era pós-coletivista e pós-individualista se experimenta o vazio (que pode ser percebido como liquidez) e a imensa oportunidade de novas formas de pertencimento que não sejam as tentativas de relacionar-se com este vazio através do consumo, do medo, do produtivismo, da luta política auto-referenciada e da devoção tecnológica.

Por isto são fundamentos do JPPS:
(1) a superação da política do medo e da consequente amnésia que gera impossibilidade em todos os campos, o que, em termos acadêmicos, se manifesta na dificuldade de dar respostas teórico- operacionais aos desafios enfrentados pela Sociedade;
(2) a gestão sustentável dos estados mentais (do fluxo de conceitos) de maneira a valorizar a responsabilidade pessoal, a verdade, a virtude, a confiança e a objetividade, através dos quais é possivel o vigor do Direito à Comunicação, ;
(3) a decisão pela generosidade como fonte de referência para a moralidade do ato, entendida a generosidade não como caridade, mas como compaixão pelo sofrimento e alegria pela felicidade do outro, que sou eu;
(4) a força da não-violência e da responsabilidade socioambiental para o encaminhamento da transformação social e a superação dos fundamentalismos de todas as ordens.

Estes fundamentos falam da economia psico-social da Comunicação (esta entendida como condição do bios, do humano, do planeta e do cosmos) a cuja construção o NETCCON se dedica, no quadro da Teoria Sustentável da Comunicação que o Prof. Evandro Vieira Ouriques vem desdobrando, em rede, desde 2002.

Neste sentido o Território JPPS acolhe interativamente, para a fala e a escuta, pessoas com múltiplas perspectivas que têm algo em comum: considerarem urgente o vigor do “espírito público” e estarem dispostas a entender mais e mais que este se manifesta a partir de uma efetiva e sustentada mudança de atitude por parte da pessoa, por parte da rede, por parte da organização.

Somos portanto amigos e amigas, por escolha, uma família de pessoas físicas, jurídicas e redes agregadas na continuada construção deste destino comum.

Instituto Alana realiza o 2º Fórum Internacional Criança e Consumo na próxima semana. Estarei lá a convite, pelo qual agradeço.

 

De 23 a 25 de setembro em São Paulo, o Projeto Criança e Consumo do Instituto Alana, promove o 2º Fórum Internacional, um debate sobre como a sociedade de consumo e as mídias de massa impactam a formação de crianças e adolescentes.

Agradeço o honroso convite de Isabella Henriques, coordenadora do Projeto Criança e Consumo, bem como agradeço à Patrícia Alves Dias, coordenadora de Animação da MultiRio, para que eu participe deste extraordinário Forum.

Com a participação de acadêmicos e pesquisadores renomados de universidades e instituições brasileiras, o evento também receberá duas das maiores especialistas internacionais: a professora de Harvard e autora de Crianças do Consumo Susan Linn, e a coordenadora do International Clearinghouse, principal observatório das relações entre mídia e infância, Cecilia von Feilitzen.

Realizado em um contexto de intensas discussões no que diz respeito à comunicação mercadológica dirigida a crianças e adolescentes, o evento pretende despertar a reflexão de pais, educadores, empresários e formadores de opinião, além do próprio mercado publicitário, sobre o tema. Afinal, o consumismo na infância é um problema de todos e afeta o meio ambiente, a economia e a sociedade. Participe!

Abertura – 23/09 terça-feira

18h30 – Abertura dos trabalhos
Isabella Henriques
, coordenadora do Projeto Criança e Consumo

Apresentação do documentário: “Criança, a alma do negócio”, seguido com debate, intermediado por Zico Góesex-diretor de programação da MTV e professor da FAAP, com a diretora e o produtor executivo do filme, Estela Renner e Marcos Nisti.

Coquetel

 

Debates: Educação, Consumo e Infância

24/09 (Quarta-feira)

Palestrantes: Mário Sergio Cortella, filósofo, doutor em educação e Professor da PUC-SP
  Susan Linn, psicóloga, diretora associada do Media Center of the Judge Baker Children’s Center, doutora em educação, Professora da Universidade de Harvard e autora do livro Crianças do Consumo
  Yves de La Taille, psicólogo e educador, doutor em psicologia escolar e do desenvolvimento humano, Professor da USP e Conselheiro do Projeto Criança e Consumo
Debatedora: Regina de Assis, educadora, doutora em currículo e ensino para educação infantil e presidente da MultiRio
Mediadora: Solange Jobim, psicóloga, doutora em educação, Professora da PUC-Rio e Conselheira do Projeto Criança e Consumo

Horário – 18:30 às 22:30


Temas que serão discutidos

Mario Sergio Cortella 
Título: A Mídia como Corpo Docente
Resumo: Quando pensamos no campo da formação ética e de cidadania, os problemas na educação brasileira não são, evidentemente, um ônus a recair prioritariamente sobre o corpo docente escolar; há um outro corpo docente não-escolar com uma estupenda e eficaz ascendência sobre as crianças e jovens.

Susan Linn 
Título: Consumismo e aprendizagem: como o marketing dirigido às crianças captura seus corações e mentes
Resumo: Para além de vender produtos e comportamentos, o marketing dirigido às crianças influencia seus valores e padrões de comportamento. Ele é um fator a ser considerado em muitos problemas da infância contemporânea, da obesidade infantil à erotização precoce. Um dos efeitos mais alarmantes da comercialização da infância é a diminuição da brincadeira que é o fundamento da aprendizagem, da criatividade, da solução problemas e da habilidade de dar sentido à vida. Esta palestra discutirá os meios pelos quais o consumismo sufoca a brincadeira criativa na infância e o que podemos fazer a respeito disso.

Yves de La Taille 
Título: Cultura da vaidade e consumo
Resumo: Vivemos uma sociedade chamada de, entre outros nomes, de ‘sociedade de consumo’. A bulimia atual atinge todas as pessoas (e deixa frustradas aquelas que, por falta de recursos, não podem adquirir os bens cobiçados) e é, vinte e quatro horas por dia, incentivada por anúncios mil que inundam as ruas, os jornais, as revistas, a televisão, etc. Cabe nos perguntarmos porque tanta gente entrega-se a tal bulimia. Variadas são as explicações possíveis. Na minha fala, defenderei a idéia de que vivemos uma ‘cultura da vaidade’, na qual marcas de distinção, que se associam ao status de ‘vencedor’, tornam-se quase que necessárias para gozar de alguma visibilidade social. Ora, não raramente, o motivo primeiro do consumo é adquirir tais marcas. Como o fenômeno não poupa as crianças e adolescentes (clientes, aliás, muito cobiçados), e também como ele é intimamente relacionado á construção da identidade, medidas para protegê-los devem necessariamente passar, para além da dimensão legal, pela dimensão ética, ética entendida aqui como busca da ‘vida boa, para e com outrem, em instituições justas’. É o que procurarei argumentar na minha fala.

 

 

25/09 (Quinta-feira)

Palestrantes: Gilberto Dupas, coordenador geral do Grupo de Conjuntura Internacional da USP, presidente do Instituto de Estudos Econômicos e Internacionais (IEEI) e Professor-Visitante da Universidade Paris II
  Marcelo Sodré, doutor em direito do consumidor e Professor da PUC-SP
  Cecilia von Feilitzen, doutora em sociologia e coordenadora científica da International Clearinghouse on Children, Youth and Media, trabalho realizado em parceria com a UNESCO, na Nordicom, University of Gothenburg, Suécia
Debatedor: Clóvis de Barros Filho, doutor em comunicação, Professor da USP e da ESPM e Conselheiro do Projeto Criança e Consumo
Mediadora: Ladislau Dowbor, doutor em economia e Professor da PUC-SP

Horário – 18:30 às 22:30


Temas que serão discutidos

Gilberto Dupas
Título: Protegendo a Liberdade da Criança
Resumo: A função principal da propaganda é transformar em novos objetos de desejo os produtos e serviços criados pela inovação tecnológica. E fazer do cidadão, incluindo a criança, um contínuo consumidor, cada vez menos satisfeito com o que já tem e encontrando no ato de compra satisfação ilusória de desejos ou alívio temporário de frustrações. Em geral, a propaganda se destina a fazer o indivíduo consumir mais algo de que não precisa; ou trocar a marca daquilo que já consome. As razões são sistêmicas. Uma delas tem a ver com a necessidade intrínseca ao capitalismo de estar em permanente expansão, no que ele depende da voracidade do consumidor. A sofisticação da propaganda é intensa. Ela recorre a técnicas subliminares que criam desejos e necessidades utilizando, entre outros, processos de identificação e transferência. É preciso estabelecer limites à propaganda para que esse imenso poder não colida diretamente com o interesse público ao induzir ao consumo inadequado as crianças, que têm poucas condições de se defender e são continuamente expostas a apelos altamente sedutores e erotizados. A sociedade, por meio de suas instituições, tem o dever de proteger a liberdade das crianças colocando limites para uma propaganda que utiliza espaços públicos para objetivos privados que tenta ocultar.

Marcelo Sodré
Título: A proteção da sociedade, a liberdade de expressão e a liberdade na atividade publicitária: uma confusão conceitual
Resumo: Em recente congresso, os publicitários voltaram a insistir na defesa de seus direitos “fundamentais”: liberdade de expressão comercial, como forma de garantia da liberdade de imprensa e da democracia cultural; e o direito a auto-regulamentar suas atividades, uma vez posta a ilegitimidade do Estado em regulamentá-las. “A publicidade não causa obesidade, alcoolismo, acidentes domésticos ou de trânsito”, eis a afirmação categórica. A presente exposição tem como objetivo questionar e relativizar tais afirmações, colocando-as em contexto mais geral. Para tanto, a partir de uma análise de algumas características da sociedade de consumo, pretende abordar a legitimidade de proteger os consumidores, no caso em especial, as crianças, por meio de instrumentos jurídicos. Os seguintes conceitos terão destaque nesta análise: riscos civilizatórios, danos difusos e abusividade. Perguntas a serem respondidas: existem princípios constitucionais que desfazem a confusão conceitual indicada? Seria o Código de Defesa do Consumidor, que acaba de fazer 18 anos de vigência, um documento hábil para proteger as crianças contra publicidades abusivas? De qual liberdade falam os publicitários?

Cecília von Feilitzen
Título: Infância, mídia e sociedade de consumo
Resumo: Esta palestra trata de diferentes aspectos das relações entre infância e mídia, na sociedade de consumo, dentre eles: Como as crianças são representadas na mídia e na publicidade? A partir de quando as crianças passam a entender a publicidade e os novos tipos de marketing? Quais as conseqüências da publicidade e do consumismo para crianças, para a programação infantil e para as mídias digitais?

 

Encontro Exclusivo com Jornalistas

Provocar um intenso debate e mostrar que o problema do consumismo infantil não é restrito ao universo da família, mas de ordem ética, econômica, social e ambiental. Esse é o objetivo do encontro exclusivo para a imprensa, promovido pelo Projeto Criança e Consumo, do Instituto Alana, na manhã do dia 23 de setembro, data da abertura do 2° Fórum Internacional Criança e Consumo.

 

Participarão desse encontro com os jornalistas a professora de Harvard e autora do livro Crianças do Consumo, Susan Linn; e a coordenadora do International Clearinghouse, principal observatório das relações entre mídia e infância, Cecilia von Feilitzen, duas das maiores especialistas em consumismo infantil; mediação do debate com Guilherme Canela, cientista político e coordenador de relações acadêmicas da Agência de Notícias dos Direitos da Infância (ANDI).

Haverá tradução simultânea durante todo o evento.

Serviço
Workshop Imprensa 
Data: 23 de setembro 
Horário: 10h30 
Local: Itaú Cultural – Sala Vermelha
Avenida Paulista, 149, São Paulo, SP
Inscrições: julia.magalhaes@2pro.com.br

Atendimento a imprensa:
2PRÓ Comunicação
Myrian Vallone – myrian.vallone@2pro.com.br
Júlia Magalhães – julia.magalhaes@2pro.com.br
Teresa Silva – teresa.silva@2pro.com.br 
Tels.: (11) 3030.9460 ou 3030.9463

Viração avalia de maneira muito amável positiva nossa Roda de Conversa sobre a importância da Generosidade no fortalecimento das redes! Eu também agradeço queridos rea-sonho-listas!

Fico feliz com poder conversar com pessoas de todos os tipos, de pensamentos e organizações de vários matizes, que interessam-se pelo que penso e por minhas metodologias de mudança de atitude comunicativa, posicionando-nos para o Diálogo.

Netse sentido compartilho aqui a matéria que Gisella Hiche, desta organização preciosa que é a Viração, escreveu no site deles a respeito da recente Roda de Conversa que tivemos sobre Generosidade e Fortalecimento de Redes.   

“Viração: Grat@s Evandro Ouriques!

Gisella Hiche, da Redação (28/08/2008)

http://www.revistaviracao.org.br/artigo.php?id=1974

 

As
Rodas de Conversa da Viração são assim: senta-se em círculo, olha-se
nos olhos e compartilham-se conhecimentos de pessoas que, a seu modo,
buscam transformar nossa realidade. Elas começaram no dia 17 de abril
com o professor doutor Evandro Ouriques, da Escola de Comunicação da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O pessoal gostou tanto
que pediu um bis.

Na última terça, dia 26 de agosto, o Evandro
veio, sentou-se no chão com as pernas cruzadas, em frente à bandeira
uypala e durante toda conversa chamou a atenção para o fato de estar
respirando.

Para acompanhar o Evandro, a gente teve que abrir
nossos corações para uma linguagem diferente a que nos habituamos.
Evandro articula muitos conhecimentos; acadêmicos, populares,
ancestrais. Ele reinventa posições, valores e afirma que somos “seres
portadores de linguagem, e quando se quer mudar, precisa-se mudar os
jogos de linguagem”.

Seguindo esta linha, ou melhor, espiral,
Evandro fala do tema Mídia, Mente e Ação – Seminário de Aprofundamento:
A Questão da Generosidade no Fortalecimento das Redes. Para ele, falar
em rede é falar do fluxo da vida. Resgatando a generosidade para
consigo mesmo, pode-se reentrar no fluxo da vida.

Evandro atribui
o bloqueio desse fluxo ao fundamento do pensamento ocidental, lá na
Grécia antiga, quando o homem passa a se considerar como algo fora da
natureza, quando o homem passa a se ver como cultura.

A explicação sintética que Evandro nos deu sobre essa idéia do homem se achar fora da natureza parece um pouco um exercício
de raciocínio lógico: “Quando eu não sou eu, você é o outro, quando eu
sou eu, você é eu”. Entendeu? Ou melhor, entendeu o que isso tem a ver
com redes e políticas públicas? É que a forma como abordamos essas
questões; os tais jogos de linguagem, gera um tipo de organização,
perspectiva e estratégia. O jeito como a gente se pensa no mundo diz
muito sobre como estamos efetivamente no mundo.

Evandro defende
que não existem corporações, mas pessoas com pensamento corporativo,
que não faz sentido usar o termo “direito à comunicação”, porque nós
somos comunicação, os meios de comunicação são nossas extensões. Menos
idéias e mais pessoas, isso é parte do resgate da generosidade e da
construção de políticas públicas sociais. Lembrando que políticas que
não são públicas nem sociais não são políticas.

Evandro propõe
uma libertação dos significados e termos que usamos sem refletir muito.
Por exemplo, faz algum sentido luta pela “inclusão”? Será que queremos
mesmo “incluir” pessoas em um modo de vida que é absolutamente
insustentável? Ou queremos transformar radicalmente o modelo, ou
“paradigma” da sociedade?

Evandro não pára, está seguindo o fluxo
da vida, o que às vezes contradiz nossos planos. Ele ainda nos faz
sentir a diferença de dizer “grato/a”ou “obrigado/a”. A roda vai se
finalizando, fizemos perguntas, abrimos espaço para considerar num
mesmo pensamento o budismo, a yoga, a linha “não-utilitarista” da
sociologia. Mais do que nos entregar na bandeja uma proposta sobre
“como fortalecer as redes da Viração”, ele compartilhou um pouco seu
jeito de ver e sentir a vida.

Tratarei nesta quarta do tema Esquizofrenia Social e Gestão da Mente Sustentável® no Encontros do Futuro, uma realização do NEF.PUC.SP, da Pós em Administração da PUC.SP e do GEPI-Grupo de Estudos e Pesquisa em Interdisciplinaridade.PUC-SP

O Núcleo de Estudos do Futuro da PUC-São Paulo, o Programa de Pós-Graduação em Administração.PUC-SP o GEPI-Grupo de Estudos e Pesquisa em Interdisciplinaridade.PUC-SP convidam para o próximo ENCONTROS COM O FUTURO, quando o Prof. Dr. Evandro Vieira Ouriques e a psicanalista Elza Araújo tratarão do tema Esquizofrenia Social e Gestão da Mente Sustentável, o primeiro tema de um livro da psicalista e o segundo a metodologia criada pelo especialista em Comunicação em 2005.

A relação com as mudanças aproxima os estados mentais (pensamentos, perceptos e afetos) do presente ao imaginário do futuro, e nessa ponte mental-temporal, constróem-se os caminhos que podem persistir na insustentabilidade ou bem conscientizar e mobilizar o cidadão e a sociedade para o bem comum. O re-encontro do especialista em Comunicação Evandro Vieira Ouriques com a psicanalista Elza Pádua tem como objetivo aprofundar nossa reflexão, e aprimorar nossa sensibilidade para avançar no diálogo entre o subjetivo e o objetivo , o individual e o coletivo, na construção de um futuro sustentável.

Prof. Dr. Evandro Vieira Ouriques

Criador do método GMS-Gestão da Mente Sustentável®: o Quarto Bottom Line (2005) é fundador e responsável pelo NETCCON-Núcleo de Estudos Transdisciplinares de Comunicação e Consciência da UFRJ. É cientista político, jornalista, gestor cultural, terapeuta de base analítica e escritor, atua também no campo das relações entre comunicação e políticas públicas sociais; bem como Diretor de Comunicação e Cultura do NEF.

Convidada Especial: Elza Pádua

Especialista em Psicologia e Comunicação Social e Autora do livro “Esquizofrenia Social”,  Elza revela o ser contemporâneo à luz da psicanálise, em sua dicotomia e fragmentação.

27 de agosto de 2008  –  das 9h às 12h
Auditório Banespa – Rua Ministro de Godói, 965 – Térreo [ao lado da Biblioteca]
VAGAS LIMITADAS
Inscrições gratuitas através do site http://www.nef.org.br <http://www.nef.org.br/>                      
Informações pelo telefone 2604-8650 ou nef@nef.org.br <mailto:rosarizzinef@yahoo.com.br>

 

Nesta terça, na Roda de Conversa da Viração, aprofundarei o tema Mídia, Mente e Ação tratando da Questão da Generosidade no Fortalecimento das Redes

Roda de Conversa da Vira –  4º edição
Mídia,  Mente e Ação – Seminário de aprofundamento: A Questão da  Generosidade no Fortalecimento das Redes
Prof. Evandro Vieira OuriquesCom o objetivo de estimular o  debate crítico e a circulação de novas idéias a  Viração promoverá Rodas de Conversa, sempre com a  participação de um convidado especial. Nesta 4º edição, receberemos  novamente o professor doutor Evandro Ouriques  (Coordenador do Núcleo de Estudos Trandisciplinares de  Comunicação e Consciência-NETCCON/Escola de Comunicação/UFRJ), que abriu este nosso projeto. Contribua com essa  conversa. O tema será: Mídia,  Mente e Ação – Seminário de aprofundamento: A Questão da  Generosidade no Fortalecimento das Redes. Data: terça-feira, dia 26 de agosto  de 2008. Onde: Viração – Rua  Augusta, 1239 cj 11. Quando: 26/08 das 19h às 21h. Confirme por gentileza sua presença com Thays (thays@revistaviracao.org.br / (11)  3567-8688) .

Gestão da Mente Sustentável é artigo e minicurso no Congresso de Excelência em Gestão da UFF






Como desdobramento para as organizações da questão que para a Mídia Livre trato no conceito de Mente Livre, acabo de ter aprovado pelo Congresso Nacional de Excelência em Gestão, do Laboratório de Tecnologia, Gestão de Negócios e Meio Ambiente-LATEC.UFF (Qualis CAPES Nacional A), artigo a respeito de minha metodologia, que criei em 2005, de gestão de pessoas, projetos e organizações que querem fazer vigorar o “espírito público”, as políticas públicas sociais e a responsabilidade socioambiental.

Trata-se do artigo
A Gestão da Mente Sustentável: o Quarto Bottom Line
–a questão da Comunicação e da Consciência na Responsabilidade Sociambiental

No mesmo Congresso, que será realizado de 31 de julho a 2 de agosto, realizarei minicurso sobre o tema, que avança o modelo clássico do Triple Bottom Line, internacionalmente adotado pelas organizações desde a década dos 80 e que precisava amadurecer através de um estatuto teórico e de uma prática capaz de identificar e remover os estados mentais responsáveis pela efetivação dos cenários compatíveis com as necessidades imperiosas de sustentabilidade.

A IV edição do Congresso Nacional de Excelência em Gestão-CNEG enfatiza o tema da Responsabilidade Socioambiental das Organizações Brasileiras, através da difusão das informações geradas no âmbito dos centros de pesquisa e nas trocas de experiências entre a academia e as organizações.

O Congresso entende que somente a absorção do conhecimento pelas organizações brasileiras poderá criar a massa crítica necessária para levar às mudanças à nossa sociedade.

Pretende-se promover a difusão e integração dos conhecimentos sobre a Responsabilidade Socioambiental das Organizações Brasileiras, por meio de palestras, workshops e demais atividades que permitam a exploração das experiências e práticas em gestão. A coordenação das diversas áreas é realizada por professores – pesquisadores de Instituições de diversas Universidades brasileiras e estrangeiras, configurando assim, a abrangência nacional e internacional do Congresso.

Artigo sobre estratégias de comunicação da ICAR é selecionado para a 6a. Conferência Internacional Mídia, Religião e Cultura, este ano na Metodista


“Morra como herege, vá para o inferno ou seja feliz: Uma análise das três estratégias de comunicação psico-política da ICAR para o diálogo inter-religioso” – Área: Estudos culturais de mídia, religião e espiritualidade; Prof. Dr. Evandro Vieira Ouriques – Professor da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO/UFRJ), onde dirige o Núcleo de Estudos Transdisciplinares de Comunicação e Consciência. Doutor em Comunicação e Cultura, com a tese: “A Tradição e a Ciência na Unidade do Humano e do Ser: Os Fundamentos de um Novo Modelo de Comunicação e Cultura”. E-mail: evouriques@terra.com.br.

Bernardo Veiga de Oliveira Alves – Aluno do curso de Graduação em Comunicação Social, habilitação em Jornalismo, da ECO/UFRJ. Bolsista de iniciação científica da UFRJ. E-mail: bvoa@hotmail.com.

6ª Conferência Mídia, Religião e Cultura
Diálogos na Diversidade

A Universidade Metodista de São Paulo, com o apoio da Associação Mundial para a Comunicação Cristã (WACC)- América Latina, realizará a 6ª Conferência Mídia, Religião e Cultura, nos dias 11 a 14 de agosto de 2008.

Tendo como objetivo a formação para a interface com os temas da religião e cultura relacionados à mídia, trazendo contribuições científicas e profissionais para o enfrentamento e superação de questões globais.

O evento contará com presença de pesquisadores, profissionais e estudantes relacionados ao tema da conferência em suas determinadas áreas da comunicação, religião e humanas.

Histórico
A primeira conferência sobre MRC realizou-se em Upsala em 1993, seguida pelas de Boulder em 1996, de Edinburgh em 1999, de Louisville em 2004 e de Sigtuna em 2006. Além disso, a Conferência sobre Mídia Sacra reunida em Jyvaskyla, Finlândia, em 2003 representou importante papel, embora não fizesse parte formal das conferências sobre Mídia, Religião e Cultura. O propósito dessas conferências é a partilha dos mais recentes desenvolvimentos na pesquisa e no estudo do tema. Além de sessões plenárias, os participantes têm a oportunidade de apresentar por meio de palestras e de mesas redondas contribuições em todas as áreas desse tão multifacetado campo. Embora a Conferência admita debates sobre amplo espectro de questões, concentra-se em temas relacionados com a sociedade multicultural e multirreligiosa. Estes encontros têm facilitado o diálogo entre especialistas acadêmicos e pessoas envolvidas com a produção de mensagens midiáticas.

Cada uma das conferências internacionais já realizadas gerou constantes diálogos bem como a publicação destes importantes livros especializados na área: Rethinking Media, Religion and Culture [Repensar a mídia, a religião e a cultura] (Sage, 1997), editado por Stewart Hoover e Knut Lunby, logo depois do primeiro encontro em Upsala, Suécia; Practicing Religion in the Age of Media [A prática da religião na era da mídia] (Columbia University Press, 2002), editado por Stewart Hoover e Lynn Schofield Clark, depois da segunda reunião em Boulder, Colorado; e Mediating Religion: Conversations in Media, Religion and Culture [Mediação da religião: conversas sobre mídia, religião e cultura] (T&T Clark, 2003), editado por Jolyon Mitchell e Sophia Marriage.

Patrocínio
Comitê Internacional da Conferência sobre Mídia, Religião e Cultura

Organização
Universidade Metodista de São Paulo

Local
Universidade Metodista de São Paulo – Campus Rudge Ramos
Rua Alfeu Tavares, 149 – Rudge Ramos
09641-000 – São Bernardo do Campo – SP
Brasil

Idioma oficial da Conferência
Inglês com tradução simultânea para o português e o espanhol

Tratarei da Gestão da Mente Sustentável no Congresso da Associação Brasileira de Recursos Humanos-ABRH a convite da Rebouças & Associados



Estarei nesta segunda, a partir das 15h30m, no stand da Rebouças & Associados no 34º Congresso da ABRH-Associação Brasileira de Recursos Humanos (Centro de Convenções Sul América-Cidade Nova-Rio de Janeiro, Stand 29, Rua Machado Coelho, 100, Cidade Nova-Rio) conversando a respeito da metodologia GMS-Gestão da Mente Sustentável®: o Quarto Bottom Line que criei para ajudar sujeitos de direitos, organizações e redes a fazerem vigorar de fato em suas atitudes (e não apenas nominalmente) a responsabilidade socioambiental, o outro nome do “espírito público”, do trabalho colaborativo, do vigor de agregadores de inovação.

A GMS®, reconhecida nacional e internacionalmente, é o avanço transdisciplinar teórico e operacional (a partir da Teoria da Comunicação, da Teoria da Cultura, da Filosofia Política, da Filosofia da Linguagem, da Psicanálise, da Psicologia Social e dos Sistemas de Gestão) do modelo do Triple Bottom Line-TBL (segurança ambiental, equidade econômica e justiça social), como se sabe utilizado em todo o mundo, como referência-padrão, desde a década dos 80 para gerar sustentabilidade e que não vem obtendo resultados satisfatórios por faltar justamente, sob minha avaliação, e aí nasceu o princípio que move a GMS®, o entendimento de que toda ação no mundo é fruto da ação mental (pensamentos, percepções e afetos) que a determina ou de maneira efetivamente colaborativa e inclusiva ou não.

E que, portanto, a ação mental nada tem de subjetivo, muito pelo contrário -é a única dimensão efetivamente objetiva e concreta que os sujeitos podem ter e têm: o domínio do processo de formação da vontade, quando cada pessoa seleciona do fluxo de seus estados mentais (estados de atenção, pensamentos, percepções e afetos) aqueles que ela autoriza a se tornarem ação no mundo. Portanto a GMS® viabiliza o empoderamento, a desvitimização e a promoção da responsabilidade cidadã, portanto humana, pelos atos que se realiza.

Apresentei pela primeira vez a GMS-Gestão da Mente Sustentável®: o Quarto Bottom Line Painel da Conferência Internacional do Instituto ETHOS 2005 dedicado ao tema Comunicação Ética e Construção de Valores para uma Sociedade Sustentável, mediado por Leno Silva, então assessor de comunicação do Instituto ETHOS, e composto por Rosa Alegria, presidente da Perspektiva e hoje pesquisadora do NETCCON.ECO.UFRJ, do publicitário Ricardo Guimarães, por mim e por justamente Geoff Lye, vice-presidente da SustainAbility, cujo presidente, John Elkington, criou o modelo TBL que, como dito, muda radicalmente de patamar, por viabilizar de fato responsabilidade sociambiental, com o modelo teórico e operacional da GMS-Gestão da Mente Sustentável®.

Le Monde Diplomatique destaca importância da Mente Livre para o vigor da Mídia LIvre


Le Monde Diplomatique
Edição Brasileira — Blog da Redação
Arquivo para Junho 18th, 2008

Dois olhos, dois ouvidos e uma boca só:
Fórum revive a função social da reportagem

Quarta-feira, 18 Junho 2008

Segundo a teoria, a Comunicação acontece quando se consegue atingir, no Outro, aquilo que se almeja. Em meio à chuva de notícias e informação, permanece a carência de pautas realmente novas e significativas. A demanda por organização das mídias reaparece, mas desta vez, requer uma forma horizontal e democrática, capaz de ampliar horizontes aos novos espaços e atores da vida cotidiana – que surgem preenchendo necessidades, cobrindo lapsos sociais

(por Marília Arantes)

Questionando a força em moldes tradicionais da imprensa brasileira, as discussões do I Fórum de Mídia Livre, realizado entre os dias 14 e 15 de junho, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), voltaram-se às idéias capazes de re-ligar a Comunicação a sua função democrática e social: a percepção da realidade.

Estruturalmente, o problema volta- se à formação de educadores para a mídia livre. A educação, fonte da crítica, continua a ser uma lacuna brasileira. Mas, se liberdade e autonomia andam de mãos dadas, como fazer horizontal o acesso à informação numa sociedade de desigualdades, em que a ditadura da grande mídia caminha ao lado do conservadorismo?

Durante a quarta des-conferência do Fórum, acerca da ‘Formação para a Mídia Livre’, Evandro Vieira Ouriques, professor da Escola de Comunicação – ECO – da UFRJ, sentenciou: “a mídia só é livre quando a mente é livre”. Criticando o jargão “dar a voz” como resquício de paternalismo no Brasil, mostrou que a questão está em “encontrar a voz” para que indivíduos e grupos possam falar por si, da sua realidade e experiência. A vontade de se representar é o motor de criação de uma mídia contra-hegemônica. Para tanto, as relações de confiança e generosidade tornam-se necessárias. Para ele, essas são “a base da construção horizontal de agregadores de transformação”.

(a matéria segue, veja em http://diplo.wordpress.com/2008/06/18/)

Oficina sobre Mente Livre é a mais concorrida do I Fórum de Mídia Livre!

Soube ontem ao final da tarde que a Oficina sobre Mente Livre, Mídia Livre: a construção de agregadores de inovação, foi a mais concorrida entre todas as 20 oficinas oferecidas pelo I Fórum de Mídia Livre!

Estou muito feliz com isto pois quando sugeri ao Fórum introduzir a questão da Mente Livre na programação como um todo, por entendê-la como decisiva para o vigor de uma Mídia Livre, jamais imaginei esta receptividade, uma vez que o Fórum estava fortemente alinhado pela luta no sentido da obtenção do que chamo “verba livre”, ou seja da regulação da distribuição das verbas publicitárias públicas”, e pelo fortalecimento do que também chamo de “verbo livre”, ou seja, da expansão da cultura digital e das redes, que amplificam a capacidade de multiplicação de vozes.

A questão da Mente Livre é a de que apenas com um fluxo de pensamentos, percepções e afetos renovados é que os midialivristas, cidadãos, comunicadores-cidadãos e cidadãos-comunicadores poderão efetivamente criar um novo mundo. Caso contrário a “verba livre” e o “verbo livre apenas amplificariam o já conhecido.

A oficina contou com a participação, na condução, da Profa. Dra. Sandra Korman Dib, da PUC-Rio, e pesquisadora do NETCCON.ECO.UFRJ, que trouxe uma contribuição muito importante.

Carinhosa-Mente, Evandro

A Mídia só é Livre Quando a Mente é Livre. Esta é a questão que introduzi e tratarei no I Fórum de Mídia Livre




http://www.novae.inf.br/site/modules.php?name=Conteudo&pid=1039

A mídia só é livre quando a mente é livre
Evandro Ouriques introduz no I Forum de Mídia Livre a questão da Mente Livre

Seiscentas pessoas já confirmaram sua participação no 1º Fórum de Mídia Livre (FML), que acontecerá no Rio de Janeiro neste fim de semana. As inscrições continuam chegando de todo o Brasil, e a expectativa da organização do evento é de que pelo menos 800 pessoas façam parte das questões que serão tratadas no Campus Praia Vermelha da UFRJ.

O Núcleo de Estudos Transdisciplinares de Comunicação e Consciência-NETCCON.ECO.UFRJ faz parte do Comitê Organizador do FML, através de seu coordenador, professor Dr. Evandro Vieira Ouriques, e teve a oportunidade de introduzir a questão da “Mente Livre” na programação do Fórum por entendê-la decisiva para o vigor de uma Mídia Livre, e vai tratá-la em desconferência neste sábado à tarde e em oficina no domingo à tarde.

O Prof. Evandro, cientista político, jornalista, terapeura de base analítica e consultor organizacional, fala aqui deste conceito, que desdobra a linha de pesquisa do NETCCON dedicada à proposição teórica e sustentação operacional de uma economia psico-política da Comunicação e da Cultura.

“O Forum de Mídia Livre é o lugar decisivo para tratarmos da questão da “Mente Livre”, que proponho e sustento, pois a “Verba Livre”, que o FML quer obter através de pressões legítimas na direção do Governo para que haja distribuição democrática das verbas publicitárias públicas, e o “Verbo Livre”, que o FML também quer ajudar a ampliar através da cultura digital e das redes, somente alcançarão seu objetivo de transformação social se os ativistas estiverem livres das sequências mentais do regime de servidão tornando-se ele próprios exemplos vivos no mundo de comunicadores-cidadãos, de cidadãos-comunicadores. O que permite que hajam relações de confiança, sem as quais as redes e toda a esperança nelas depositada por muitos não pode se efetivar, pois a confiança é a base da construção horizontal de agregadores de transformação.”

“Ou seja mídia livre só existe quando o midialivrista é de fato livre, fala com voz própria, conseguiu vencer em si mesmo a tendência generalizada de agir com base no interesse e no poder auto-referenciados, atitude que é naturalizada e que impede, como disse, as relações de confiança. Como criar uma rede de redes se não há confiança, se há apenas luta pelo poder? A referência para uma ação livre no mundo é outra, ela precisa ser a generosidade, este para mim o outro nome do “espírito público”, da democracia, dos direitos humanos, dos direitos ambientais, dos direitos das crianças e dos adolescentes, das políticas públicas, da responsabilidade socioambiental.”

“No livro História das Teorias da Comunicação, o belga Armand Mattelart, professor da Universidade de Paris e um dos mais eficientes críticos do monopólio mundial dos meios de comunicação, diz que, nos dias atuais, criados pela produção de estados mentais (e por isto criei em 2005 na Escola de Comunicação a disciplina Construção de Estados Mentais Não-violentos na Mídia) a liberdade política não pode se resumir ao direito de exercer a própria vontade. Ele insiste, e eu concordo plenamente, que a liberdade política hoje reside igualmente no direito de dominar o processo de formação dessa vontade, já que, na maior parte dos casos, ela [a vontade] é capturada por um rio de mídia que atravessa a pessoa ao longo do seu desenvolvimento emocional, educacional, social e histórico. Um fluxo que fala e sente por ela.”

“Hoje, a pessoa sente e pensa por meio da mídia que, em nenhum momento, a ajuda a parar e refletir. A aceleração, por exemplo, que os apresentadores dos telejornais utilizam é incompatível com o ritmo respiratório, metabólico. A respiração fica suspensa. E suspensa, impede que as informações entrem e sejam metabolizadas. Impedem, inclusive, que a nossa mente (no sentido do conjunto de percepções, pensamentos e afetos) tenha tempo de excretar o que não serve.”

“Não há cultura digital que dê conta de gerar relações de confiança. Para construirmos confiança precisamos de algo ainda mais difícil do que a verba livre e o verbo livre. Precisamos de uma Mente Livre, livre destes tempos de amor líquido, no qual os relacionamentos pouco se sustentam ou não se sustentam pois não há conversa na maioria das vezes, mas tentativas cruzadas, e em rede, de convencimento do outro. Se Zygmunt Bauman [sociólogo polonês] mostra que estamos na época do amor líquido, é porque vivemos uma era de relações líquidas. No entanto, o que garante o vigor da relação colaborativa nas redes, conseqüentemente, o vigor da cultura digital, é exatamente a estabilidade da confiança. Mas o que assistimos é a experiência do atropelamento, das decisões democráticas apenas nominais, quando a prática é a da imposição, da traição e da desconfiança. A grande mídia está, em geral, neste estado, e os midialivristas foram formados por ela, nela. Não nos tornamos livres apenas por uma vontade de ser livre. É um longo e complexo processo, como mostram por exemplo a psicanálise e a psicologia social.”

“Baseados na luta política auto-referenciada, na vida como uma luta constante e implacável como única saída imaginada por oposição a um céu idealizado e inexequível, a organização social se mantém, atualmente, por uma estratégia de dessubjetivação, ou seja, de desespeciação: de perda do caráter de espécie, como provam os atos crescentes e sucessivos de horror com os quais convivemos e que estão presentes nas relações das equipes, das redes, das amizades, dos relacionamentos.”

“Estamos diante, portanto, de sujeitos não-instalados. Portanto a verba livre e o verbo livre com sujeitos efetivamente não-instalados no qual o que nos fala é um vazamento do inconsciente temos é a expansão da história conhecida, seja ela pessoal e comunitária, racial, de gênero, de classe, etc., de traumas, abusos, discriminações.”

“É decisivo portanto investirmos na construção de uma Mente Livre, para que as redes sejam efetivamente redes e não apenas clubes, nos quais o sentido de comunidade desaparece e o de política permanece como sendo apenas a tentativa de administrar grupos de pressão orientados por princípios vagos meta-organizados pela luta pelo poder, pela idéia vertical que alguém que sabe mais do que alguém. Mesmo que esta alguém seja de esquerda…”

“A História prova que os grupos que chegam ao poder tendem a repetir o mesmo padrão de comportamento dos grupos anteriores e prova também que quando as pessoas se juntam começam logo a se engalfinhar pelo poder. Ora precisamos de uma fonte de referência para a ação que não seja a própria ação e uma fonte de referência para a luta política que não seja a própria luta, porque senão colaboramos para o aprofundamento da barbárie. Como então conseguir agenciamentos possíveis de nossas singularidades em torno de objetivos/desejos comuns?”

“A Teoria Social, por exemplo, insiste em dizer que as práticas humanas são movidas pelo interesse e pelo poder. Ora, como é possível então explicar o desejo de democracia, de políticas públicas sociais, de responsabilidade socioambiental? O midiativista, o comunicador, o jornalista, o cidadão, o profissional precisa ser aquilo que ele gostaria de ver no mundo. Precisa dominar o processo de formação de sua vontade para não ser capturado pelos valores que mantêm a exclusão. Vida privada e vida pública são conceitos binários ultrapassados. Precisamos ser de fato o que gostaríamos de ver no mundo, como disse uma vez de maneira lúcida Mahatma Gandhi, aquele que derrubou o pai do Império que está aí, e à cuja mídia os midialivristas querem superar. É decisivo que se pense e se construa uma Mente Livre, pois só assim teremos de fato uma Mídia Livre”.

O professor Evandro Vieira Ouriques, coordenador do NETCCON.ECO.UFRJ, pós-doutor em Cultura de Comunicação, Globalização de Mercados e Responsabilidade Ética, pelo Programa Avançado de Cultura Contemporânea-PACC, do Forum de Ciência e Cultura da UFRJ, tratará da questão da Mente Livre no Grupo de Trabalho Formação para uma Mídia Livre, no sábado à tarde, e na Oficina “Mente Livre, Mídia Livre”, que ocorrerá no domingo à tarde.

Os cinco eixos temáticos

Na manhã de sábado (14) acontecerá a cerimônia de abertura do FML e, em seguida, terão início as mesas de discussão com cinco eixos temáticos: Políticas Públicas de Fortalecimento da Mídia Livre; Democratização das Verbas Publicitárias Públicas; Fazedores de Mídia; Formação para a Mídia Livre e Mídias Colaborativas, Novas Mídias.

O primeiro eixo de discussão, segundo os organizadores do FML, tratará temas como “regulamentações, Lei Geral da Comunicação, direito à comunicação, TV pública, telefonia e internet pública, convergência das mídias, pontões de cultura digital, etc”. O segundo eixo pretende analisar “a questão das verbas públicas de publicidade e propaganda e a garantia pelo poder público de espaços para os veículos da mídia livre nas TVs e nas rádios públicas, assegurando assim maior diversidade informativa e amplo direito à comunicação”.

O terceiro eixo, sobre o tema “Fazedores de Mídia”, pretende fazer um “mapeamento da rede de produtores de mídia livre, coletivos, sites, jornais, canais, empresas, agências e movimentos sociais que fazem mídia e propostas que tenham o ’público’ e o ’comum’ como referência”. Nesse eixo, será discutida a possibilidade de formação de um Portal de Mídia Livre, que poderá servir para potencializar o alcance e a possibilidade de sustentação da “mídia contra-hegemônica”.

No quarto eixo, serão analisadas as experiências de universidades, de educação não-formal, de escolas livres, empresas, ONGs, coletivos, etc, que “podem contribuir pela construção de uma ’mente livre’ para formar ’midiativistas’, jornalistas, radialistas, editores, publicitários, assessores, etc, que sejam criadores de atitudes agregadoras, conteúdos e pautas de fato novas, apontando e construindo assim novos e potentes cenários de expressão, trabalho e mudança”.

O quinto eixo fará uma discussão sobre “os movimentos, projetos, ferramentas e tecnologias de criação livre (Software Livre, Creative Commons, Wiki, P2P, sites e portais colaborativos, etc) e as políticas de acesso e capacitação para o uso dessas ferramentas nos serviços públicos e mídias livres”.

No domingo (15), acontecerá a plenária final do 1º FML, onde serão apresentados os resultados das discussões travadas nos cinco eixos temáticos. A plenária terá espaço para a intervenção de convidados, como representantes de movimentos sociais, centrais sindicais, e partidos: “A intenção é que, durante a plenária final, seja também aprovado o Manifesto da Mídia Livre, documento de princípios do movimento”, afirma Gustavo Barreto. Além dos grupos de discussão, os dois dias de evento na UFRJ também abrigarão oficinas (já foram inscritas 16) sobre temas diversos ligados à comunicação.

Movimento começou em março

Jornalistas, acadêmicos e ativistas pela democratização da comunicação divulgaram no início de abril manifesto em defesa da diversidade informativa e da garantia de amplo direito à comunicação.

O manifesto, resultado de reunião promovida em São Paulo em março, lançou as bases para a organização do I Fórum de Mídia Livre.

Convidados

Entre os convidados e organizadores e estão lideranças como Joaquim Palhares, Ivana Bentes, Gustato Barbosa, Antonio Biondi (Intervozes), Marcos Dantas, PUC-RJ, Jorge Bittar, Caetano Ruas, Circo Digital/Pontão de Cultura Digital, Gustavo Gindre, Intervozes/Comitê Gestor da Internet Brasil, Renato Rovai, Revista Fórum, Dario Pignotti, Jornais Página 12, Argentina, e La Jornada –México, Giuseppe Cocco, Le Monde Diplomatique/Global, Emir Sader, CLACSO e UERJ, Mário Augusto Jakobskind, Brasil de Fato, Altamiro Borges, Vermelho, Bárbara Szaniecki, Revista Global, Paulo Lima, Viração SP, Augusto Gazir, Escola Popular de Comunicação Crítica (ESPOCC) da Maré RJ, Marcus Faustini, Escola Livre de Cinema – Nova Iguaçu RJ, Rosane Svartman, Nós do Morro, Hamilton Octavio de Souza, Curso de Jornalismo da PUC-SP, Zilda Ferreira, Educom, João Pedro Dias Vieira, UERJ, Oona Castro, Overmundo-RJ, Ermanno Allegri, ADITAL – Agência de Informação Frei Tito para a América Latina-RJ, Patricia Canetti, Canal Contemporâneo e Conselho de Arte Digital no Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC), Cláudia de Abreu, Comunicativistas-RJ e Márcia Corrêa, Bem TV.

Programação & local do evento

O I Fórum de Mídia Livre acontecerá nos próximos dias 14 e 15 de junho de 2008 (sábado e domingo), das 9h às 17h (com pausas entre os debates e grupos de trabalho).

Será realizado no campus da UFRJ da Praia Vermelha, no Auditório Pedro Calmon do Fórum de Ciência e Cultura (FCC) e salas anexas. Endereço: Avenida Pasteur, 250 – Praia Vermelha. O Auditório Pedro Calmon fica no segundo andar do FCC.

Confira aqui os eixos temáticos e a programação completa do evento.

Inscrições podem ser feitas em http://forumdemidialivre.blogspot.com

SÁBADO, 14 DE JUNHO

9h às 12h – Mesa de abertura

ABERTURA DO FÓRUM com convidados e coordenadores do Fórum de Mídia Livre, com Apresentação/Distribuição de documento com questões, propostas, provocações iniciais do Fórum da Mídia Livre em torno dos eixos temáticos. Debate geral com os participantes. Dinâmica da Desconferência: 5 ou 6 convidados preparam uma fala/pauta/provocação de 5 a 10 minutos e depois abre-se a roda para todos que quiserem se inscrever e falar, com um limite de tempo. (TRANSMISSÃO ON-LINE)

12h às 14h – Almoço

14h às 18h – Grupos de Desconferências com cinco eixos temáticos

Reunião em paralelo dos Grupos de Trabalho, moderados por um Coordenador e com a participação de desconferencistas com objetivo de propor um documento enxuto com considerações, encaminhamentos, propostas, em torno das questões do eixo temático do grupo. (TRANSMISSÃO ON-LINE)

1) Democratização da Publicidade Pública e dos Espaços na Mídia Pública
A questão das verbas públicas de publicidade e propaganda e a garantia pelo poder público de espaços para os veículos da mídia livre nas TVs e nas rádios públicas, assegurando assim maior diversidade informativa e amplo direito à comunicação e outras propostas concretas e pragmáticas. Trabalhar com o conceito de verbas livres.

Coordenador: Renato Rovai (Revista Fórum). Relator: Rodrigo Brandão (Comitê Rio do FML). Convidados: Antonio Mello (Blog do Mello); Claiton Mello (Gerência de Marketing da Fundação Banco do Brasil); Dario Pignotti (Ansa, Página 12 e Manifesto); Emir Sader (CLACSO e UERJ); Giuseppe Cocco (Le Monde Diplomatique e revista Global); Joaquim Palhares (Agência Carta Maior); Mário Augusto Jakobskind (Brasil de Fato); Robinson Almeida (secretário de Comunicação do Governo da Bahia).

2) Políticas Públicas de Fortalecimento da Mídia Livre
Regulamentações, Lei Geral da Comunicação, Direito à Comunicação, TV Pública, Telefonia e Internet Pública, Convergência das Mídias, Pontões de Cultura Digital, etc.

Coordenador: Antonio Biondi (Intervozes). Convidados: Caetano Ruas (Circo Digital/Pontão de Cultura Digital); Jorge Bittar (deputado federal PT-RJ); Lalo Leal (professor da USP); Marcos Dantas (professor PUC-RJ).

3) Fazedores de Mídia
Mapeamento/discussão da rede de produtores de mídia livre, coletivos, sites, jornais, canais, empresas, agências, movimentos sociais que fazem mídia, propostas que tenham o “público” e o “comum” como referência pensando na constituição de um Portal de Mídia Livre. A questão da mídia “contra-hegemônica” e a potencialização da difusão mundial de outras formas de sentir, pensar e agir.

Coordenador: Altamiro Borges (Vermelho). Relator: Leandro Uchoas. Confirmados: Bárbara Szaniecki (Revista Global); Beto Almeida (Telesur); Fátima Lacerda (Agência Petroleira de Notícias); Patricia Canetti (conselheira titular de Arte Digital do CNPC – Conselho Nacional de Política Cultural); Paulo Lima (Revista Viração).

4) Formação para uma Mídia Livre
Como as Universidades, experiências de educação não-formal, escolas livres, empresas, ongs, coletivos, etc., podem contribuir pela construção de uma “mente livre” para formar “midiativistas”, jornalistas, radialistas, editores, publicitários, assessores, etc., que sejam criadores de atitudes agregadoras, conteúdos e pautas de fato novas, apontando e construindo assim novos e potentes cenários de expressão, trabalho e mudança.

Coordenadora: Ivana Bentes (ECO/UFRJ e Universidade Rede Nômade); Confirmados: Augusto Gazir (Escola Popular de Comunicação Crítica – ESPOCC); Evandro Vieira Ouriques (Núcleo de Estudos Transdisciplinares de Comunicação e Consciência – NETCCON.ECO.UFRJ); Fábio Mallini (UFES); João Pedro Dias Vieira (professor da Uerj); Luciana Bezerra (Nós do Morro); Marcus Faustini (Escola Livre de Cinema de Nova Iguaçu); Zilda Ferreira (Educom).

5) Mídias Colaborativas, Novas Mídias
Apresentação/discussão dos movimentos, projetos, ferramentas e tecnologias de criação livre (Software Livre, Creative Commons, Wiki, P2P, sites e portais colaborativos, etc.) e políticas de acessos e capacitação para o uso dessas ferramentas, implantação de ferramentas livres/não-proprietárias nos serviços públicos e mídias livres.

Coordenador: Gustavo Barreto (Consciência.Net) e Anselmo Massad (Revista Fórum). Confirmados: Claudia de Abreu (Comunicativistas); Ermanno Allegri (ADITAL); Oona Castro (Overmundo/Intervozes); Rita Freire (Ciranda).

DOMINGO, 15 DE JUNHO

9h às 12h – Plenária de leitura e aprovação dos relatórios com espaço para intervenções dos convidados, representando movimentos sociais, centrais sindicais, governos, partidos políticos etc.
Apresentação dos resultados dos Grupos de Trabalho. Discussão ampla e geral e Apresentação/Esboço de documento/manifesto do I Fórum da Mídia Livre, sintetizando as proposições e apontando prioridades. Debate. (TRANSMISSÃO ON-LINE)

ALMOÇO – 12h às 14h

14h às 18h – Feira de projetos em espaço de sinergia
Oficinas, Encontros Regionais, iniciativas livres, encontros específicos, atividades propostas, apresentação de materiais produzidos durante o Fórum, nas Oficinas etc.

18h – Evento de encerramento
FESTA/Confraternização – Campus da Praia Vermelha e lugares em fase de proposição.

Haverá uma Sala de Imprensa para garantir a cobertura do evento pelos veículos de mídia livre.

(Esta matéria incorpora trechos de matéria publicada na Carta Maior http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=15047 e trechos de material de divulgação do FML, do NETCCON.ECO.UFRJ e da NovaE)

O Comunicador-Cidadão e a Possibilidade do Vigor das Políticas Públicas e da Responsabilidade Socioambiental é minha palestra para a Redação do Futura


Estarei nesta sexta, 13 de junho, na Redação do Canal Futura para dar, na própria redação, a palestra Comunicador-Cidadão: a possibilidade do vigor das Políticas Públicas e da Responsabilidade Socioambiental, a convite de Jacinta Vieira Rodrigues dos Santos. Palestra-relâmpago é um projeto do Futura: são palestras ministradas diretamente no ambiente da Redação.
Carinhosa-Mente,
Evandro

Mesa do NETCCON sobre Comunicação e Imaginário do Envolvimento é aprovada pelo Congresso Internacional Imaginário do Envolvimento Desenvolvimento-UFPE



É com muita satisfação que comunicamos que a Mesa “Comunicação e Imaginário do Envolvimento”, proposta por parte do coletivo de pesquisa do NETCCON.ECO.UFRJ, formada pelos Profs. Drs. Evandro Vieira Ouriques, Cristina Rego Monteiro da Luz e Sandra Korman e pela Profa. Mestre Rosa Alegria foi aceita para apresentação no XV Ciclo de Estudos sobre o Imaginário – Congresso Internacional – Imaginário do Envolvimento/Desenvolvimento, a ser realizado no período de 7 a 10 de outubro de 2008, no Recife–PE/ Brasil.

Entre outras autoridades internacionais presentes a este importante Congresso estarão Gilbert Durand e Michel Maffesoli.

Título da Mesa-Redonda
Comunicação e Imaginário do Envolvimento
O objetivo é discutir avanços transdisciplinares (Comunicação, Cultura, Jornalismo, Psicologia Social, Gestão Organizacional e Estudos do Futuro) na compreensão de como se dá em redes colaborativas, aproximando conhecimentos ancestrais e prospectivos, a construção mental (pensamentos, perceptos e afetos) e mediática do Imaginário do Envolvimento, através da construção cidadã e profissional de estados mentais, pautas, posicionamento no mercado de trabalho, sistemas organizacionais e cenários de futuro re-envolvidos político e cosmicamente com a Vida.

Por meio de epistemologia não-dualista dissolve-se as rupturas Natureza/Cultura e Razão/Imaginação e incorpora-se Saberes da Diáspora para responder à pergunta: como estimular no sujeito o processo de consciência de si (condição da sociabilidade do “iguais na diferença”) em meio às propostas de adição ao desenvolvimento, tornando-o capaz de escapar da caverna tecnológica pós-moderna (no qual o reconhecimento pelo capital resulta na iminência do colapso psicótico, vale dizer, do colapso socioambiental) e de comprometer-se com seu ambiente e com organizações socioeconômicas ambientais?

Composição da Mesa e Temas Específicos de Cada Participante:

1. UFRJ, UFF e PUC-SP
Prof. Dr. Evandro Vieira Ouriques, coordenador do Núcleo de Estudos Transdisciplinare s de Comunicação e Consciência-NETCCON.ECO.UFRJ.
Tema: Comunicação e Construção do Imaginário do Envolvimento.

2. UFRJ
Profa. Dra. Cristina Rego Monteiro da Luz, professora da ECO.UF R J e pesquisadora associada do NETCCON.ECO.UFRJ.
Tema: Pauta Jornalística: Fragmentos Externos da Percepção ou Possibilidades de Re-envolvimento?

3. PUC-Rio de Janeiro
Profa. Dra. Sandra Korman Dib, professora do Departamento de Comunicação Social da PUC.Rio de Janeiro e pesquisadora
associada do NETCCON.ECO.UFRJ.
Tema: Trabalho como Envolvimento Subjetivo do Jovem em Cartografias Sustentáveis.

4. PUC-SP e UNIETHOS
Profa. Mestre Rosa Alegria, diretora de pesquisa do Núcleo de Estudos do Futuro da PUC-São Paulo e pesquisadora associada
do NETCCON.ECO.UFRJ.
Tema: Recursos do Pensamento Prospectivo para Imaginar o Futuro e Reapropriar-se da Esperança.

Coordenador da Mesa:
Prof. Dr. Evandro Vieira Ouriques

Sobre o Congresso

XV Ciclo de Estudos sobre o Imaginário
Congresso Internacional
7 a 10 de Outubro 2008
UFPE – Recife – Brasil

TEMA
IMAGINÁRIO DO ENVOLVIMENTO / DESENVOLVIMENTO

Gilbert Durand coloca, a respeito do “trajeto antropológico”, que a tensão entre dois pólos é responsável por qualquer dinâmica sociocultural. Envolvimento e desenvolvimento são aqui considerados como pólos entre os quais estão incluídas as dimensões da vivência que diz respeito a diversos campos: o político principalmente, mas também o da consciência de cada um quanto às suas responsabilidades sociais, tais como, questões éticas, morais e inclusão/exclusão social. Não se trata pois de estabelecer mais uma dicotomia, mas de perceber estas dimensões como polaridades dinâmicas.

O tema surgiu no Ciclo de Estudos anterior que tratou das dimensões imaginárias da natureza, onde se pôde observar, entre outros, o tratamento dado à natureza em função de projetos de desenvolvimento. Por outro lado, observa-se que os governos vêm propondo planos de desenvolvimento sustentável e de crescimento acelerado. O que significam estas propostas em termos de vivência e de futuro do planeta?

Na imprensa e nas publicações científicas têm se multiplicado as críticas a esse desenvolvimento dito sustentável*. É assim que em 2003 é publicado um livro de Stéphane Bonnevault “Desenvolvimento insustentável. Por uma consciência ecológica e social”, onde ele diz “se ninguém escapa ao desenvolvimento, é que o ocidente autorizou-se a embarcar, sem aviso prévio, o resto do mundo em sua cruzada aberrante, o crescimento econômico a todo custo, sem se preocupar com os amanhãs – que estão longe de ser radiosos, senão para alguns raros privilegiados. Deveríamos nós deixar comprometer o devir do planeta para que alguns possam impunemente assegurar seu delírio de dominação da natureza e satisfazer os desejos de seu gigantesco ego econômico?”.

Quando se trata de sociedades não industrializadas, a tônica da vivencia é o envolvimento: diz Virgílio M. Viana em seu artigo “Envolvimento sustentável e conservação das florestas brasileiras”, a respeito dos caiçaras: “Des-envolver para as populações tradicionais – não apenas a caiçara – significa perder o envolvimento econômico, cultural, social e ecológico com os ecossistemas e seus recursos naturais. Junto com o envolvimento, perde-se a dignidade e a perspectiva de construção da cidadania. Perde-se ainda o saber e com ele o conhecimento dos sistemas tradicionais de manejo que, ao contrário do que normalmente se pensa, podem conservar os ecossistemas naturais de forma mais efetiva do que os sistemas técnicos convencionais. O processo de degradação ambiental se acelera com a expulsão – às vezes violenta – das populações tradicionais de suas terras. Obviamente essas conseqüências do desenvolvimento não são coerentes com a busca da sustentabilidade do nosso Planeta. Segundo o dicionário Michaelis, desenvolver significa tirar o invólucro, descobrir o que estava encoberto; envolver significa meter-se num invólucro, comprometer-se. Dessa forma, poderíamos dizer que desenvolver uma pessoa ou comunidade significa retirá-la do seu invólucro ou contexto ambiental; descomprometê-la com o seu ambiente”.

Considerando que os projetos de desenvolvimento dizem respeito a uma visão de mundo específica, e levando em conta as bases míticas destas visões, o objetivo geral deste Ciclo de Estudos sobre o Imaginário é discutir, a partir das dimensões simbólicas, arquetípicas e míticas, as relações entre estes dois termos relativos às diversas alternativas de organização sócio-econômicas ambientais.

COMISSÃO CIENTÍFICA

Danielle Perin Rocha Pitta – Brasil (UFPE)
Elda Rizzo – Brasil (UNESP)
François Guiyoba – Camarões (Universidade de Yaoundé)
Giampaolo Catelli – Itália (Universidade de Catania)
Gilbert Durand – França
Marcos Ferreira Santos – Brasil (CICE-USP)
Maria Aparecida Lopes Nogueira – Brasi (UFPEl)
Maria Cecília Sanchez Teixeira – Brasil (CICE-USP)
Michel Maffesoli – França (CEAQ – Paris V)
Mondher Kilani – Suíça (Universidade de Lausanne)
Neide Miele – Brasil (UFPB)

COMISSÃO ORGANIZADORA

Dr. Alberto Filipe Ribeiro de Abreu Araújo – Universidade do Minho – Braga (Portugal)
Dr. Carlos André Cavalcanti – UFPB (Brasil)
Dra. Danielle Perin Rocha Pitta – UFPE (Brasil)
Dr. Ionel Buse – Universidade Craiova (Roumênia)
Dra. Katiane Nóbrega – RN (Brasil)
Dra. Maria Noël Lapoujade – UNAM (México)
Dra. Maria das Vitórias N. do Amaral – UFRPE/UAG (Brasil)
Dra. Tania Pitta – CEAQ – Paris V (França)
Dra. Rosalira Oliveira – FUNDAJ (Brasil)
Rita Garcez – Núcleo Interdisciplinar de Estudos Sobre o Imaginário (Brasil)

Faço parte do Grupo de Trabalho Executivo do I Fórum de Mídia Livre no qual pude introduzir, e tratarei, a questão da Mente Livre


I Fórum de Mídia Livre se aproxima

Estão abertas as inscrições para o I Fórum de Mídia Livre, que ocorrerá no Rio de Janeiro, dias 14 e 15 de junho, e reunirá participantes de todo o País. O evento é parte de uma ampla mobilização de jornalistas, acadêmicos, estudantes e ativistas e demais interessados pela democratização da comunicação, em defesa da diversidade informativa, do trabalho de colaboração nos novos meios e sua expansão, bem como da garantia de amplo direito à comunicação.

A mobilização começou em uma reunião em São Paulo envolvendo 42 jornalistas, estudantes, professores ou pessoas atuantes na área das comunicações, de diferentes regiões do Brasil, e teve prosseguimento em reunião em Porto Alegre, com a presença de 49 pessoas, e na ABI, no Rio de Janeiro, com 32 presentes. A partir destes encontros já foram realizadas reuniões em Belém, Fortaleza, Recife e Aracaju. Clique aqui para saber quais são os ativistas e entidades que participam desta iniciativa, conforme os relatos dos pré-encontros.

Entre as principais questões levantadas, os presentes discutiram o avanço do movimento de comunicação da mídia livre em todo o País, de maneira que seja obtida a garantia junto ao poder público de espaços para os veículos da mídia livre nas TVs e nas rádios públicas, a regulação da distribuição das verbas publicitárias públicas em nosso País e o avanço das microestruturas globais mediáticas, assimétricas, improvisadas, parcialmente caóticas e autônomas, como as redes digitais, as migrações, os coletivos e as ocupações urbanas, bem como de agregadores da diversidade da mídia e dos que a fazem. Clique aqui para conhecer os confirmados.

O setor de comunicação, segundo o manifesto em construção disponível no site do Fórum de Mídia Livre, “não reflete os avanços que ao longo dos últimos trinta anos a sociedade brasileira garantiu em outras áreas. Isso impede que o país cresça democraticamente e se torne socialmente mais justo”. E continua: “A democracia brasileira precisa de maior diversidade informativa e de amplo direito à comunicação. Para que isso se torne realidade, é necessário modificar a lógica que impera no setor e que privilegia os interesses dos grandes grupos econômicos (…)”.

A mídia e os comunicadores em debate

No Rio de Janeiro está sendo levantada e discutida com intensidade a questão de uma economia psíquica da comunicação que dê conta dos agenciamentos internos, psíquicos (pensamentos, perceptos e afetos), dos jornalistas e dos comunicadores, de maneira a que ajam como comunicadores-cidadãos, portanto de maneira inovadora, de fato livre -sem repetir valores que contestam a nível macro-político- e assim produzam ambientes agregadores (diferentes-juntos) na diversidade da mídia tradicional, da mídia contra-hegemônica e da cultura digital.

Outra questão importante é a da mídia contra-hegemônica e a potencialização da difusão mundial das formas de sentir, pensar e agir dos segmentos economicamente excluídos, das comunidades culturalmente marginalizadas ou dos grupos politicamente segregados. O Fórum também se propõe a debater novas perspectivas de comunicação, mais plurais e democráticas. Assim, temas como Creative Commons, Web 2.0 e novas mídias também ganharão destaque nos debates e atividades do evento.

Segundo o documento esboçado na reunião de São Paulo, o objetivo da democratização das verbas públicas visa que “as verbas de publicidade e propaganda sejam distribuídas levando em consideração toda a ampla gama de veículos de informação e a diversidade de sua natureza; que os critérios de distribuição sejam mais amplos, públicos e justos, para além da lógica do mercado; e que ao mesmo tempo o poder público garanta espaços para os veículos da mídia livre nas TVs e nas rádios públicas, nas suas sinopses e meios semelhantes”. O documento está disponível no site do evento (http://forumdemidialivre.blogspot.com/).

De forma sincrônica ao evento no Rio de Janeiro, o movimento social de comunicação já está se mobilizando em sete cidades: Porto Alegre, São Paulo, Belém, Fortaleza, Recife, Aracaju e no próprio Rio de Janeiro. Todos os relatos já estão disponíveis no site. O próprio evento é um importante passo na discussão e deliberação sobre os rumos do movimento social de comunicação.

Programação – O I Fórum de Mídia Livre acontecerá dias 14 e 15 de junho de 2008 (sábado e domingo), das 9h às 17h (com pausas entre os debates e grupos de trabalho). Será realizado no campus da UFRJ da Praia Vermelha, no Auditório Pedro Calmon do Fórum de Ciência e Cultura (FCC) e salas anexas. Endereço: Avenida Pasteur, 250 – Praia Vermelha. O Auditório Pedro Calmon fica no segundo andar do FCC.

Inscrições – A participação no I Fórum de Mídia Livre é aberta e a inscrição é obrigatória. Os participantes podem também se informar sobre os pré-encontros em suas respectivas cidades. O custo individual da inscrição é de R$15 (quinze reais) para o público em geral e R$5 (cinco reais) para estudantes, pagos no dia do evento, junto à secretaria executiva do evento. A secretaria executiva emitirá um certificado de participação para os que compareceram nos dois dias de evento.

A inscrição no I Fórum de Mídia Livre não garante, o transporte, estadia e alimentação dos inscritos, que no entanto estão sendo negociados.

Oficinas – O Fórum de Mídia Livre convida todos e todas, participantes, entidades e ativistas, a inscreverem suas propostas de oficinas que tenham por objetivo contribuir com o aprofundamento dos debates, exposição de novos pontos de vista e produção colaborativa. Todas serão avaliadas e terão a sua realização confirmada pela Comissão Organizadora do Fórum, que receberá propostas por email até o dia 06 de junho (sexta-feira). Clique aqui para inscrever sua oficina!

Inscreva-se já e participe dos debates: http://forumdemidialivre.blogspot.com/

Neste final de semana conduzirei o curso Conversa: uma experiência de aprendizagem. Uma parceria com a Rebouças&Associados, promovida pela ABERJE.




Queridos amigos e amigas, colegas,

Venho compartilhar que nesta sexta e sábado estarei conduzindo em Itatiaia, juntamente com Nádia Rebouças e Paulo Monteiro, um curso especial que criamos e que é promovido pela ABERJE-Associação Brasileira de Comunicação Empresarial, a respeito do tema Conversa: uma experiência de aprendizagem.

Acima é possível ler a nota que Flávia Oliveira, que assina a coluna Negócios & Cia, de O Globo, publicou esta semana sobre o curso.

O foco é que através de uma conversa bem posicionada e franca podemos construir relações verdadeiras, que nos ajudam, nos fortalecem e nos capacitam para lidar com as infindáveis transformações do mundo atual.

São dois dias dentro do Parque Nacional de Itatiaia em palestras, imersão multimídia, vivências de sistemas ancestrais de comunicação, práticas de criatividade, construção de cenários e várias surpresas, ou seja, um conjunto de recursos desenvolvidos durante os dois anos mais recentes e já testados e aperfeiçoados em corporações como Grupo Rede-CELPA, Light e Vale e em múltiplas organizações do Terceiro Setor por todo o país.

Nosso público alvo nesta experiência de aprendizagem são Gestores de Comunicação, Marketing e Recursos Humanos, em especial: profissionais que querem aprofundar e ampliar seus conhecimentos, trabalhar a conversa em nível consciente, para a construção de relacionamentos e decisões de maior qualidade.

Muito carinhosa-mente,
Evandro

Trato da força política da não-violência e a responsabilidade dos atores sociais (na ECO) e da Solidariedade (Rio:a Cidade, na Multirio/Bandeirantes)



Gostaria de compartilhar que estarei hoje:

1. tratando do tema Cobertura de qualidade em meio à violência estrutural: a força política da não-violência e a responsabilidade
dos atores sociais e dos jornalistas, na disciplina e curso de extensão Jornalismo de Políticas Públicas Sociais, uma realização
do NETCCON.ECO.UFRJ e da ANDI;

2. e tratando, juntamente com Luciano Rocco, da revista Ocas, e Bianca
Carvalho, da ONG Mundo Novo da Cultura Viva, do tema Solidariedade no
programa “Rio, a Cidade”, apresentado pela jornalista Katia Chalita, diretora da TV
MULTIRIO-Empresa Municipal de Multimeios (www.multirio.rj.gov.br/portal <http://
http://www.multirio.rj.gov.br/portal&gt; ), vinculada à Secretaria Municipal de Educação,
Prefeitura do Rio de Janeiro. Este programa será transmitido ao vivo pela TV
Bandeirantes (Canal 7/21 NET).

Evandro tratará do tema O Profissional de Comunicação no Front da Política no VII Encontro de Jornalistas em Assessoria de Comunicação-SJPMRJ



O professor Evandro Vieira Ouriques tratará do tema O Profissional de Comunicação no Front da Política, no painel que dará início dia 17 próximo em Rio das Ostras ao VII Encontro de Jornalistas em Assessoria de Comunicação do Rio de Janeiro cujo tema deste ano é Assessoria de Comunicação e Relações de Poder, uma realização do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro.

Falarão no Encontro, que vai de 16 a 19 de maio, os seguintes especialistas: Cláudio Gama, diretor do Instituto Mapear, Jan Theóphilo, colunista do Informe O DIA, Aziz Filho, editor da sucursal Rio da revista IstoÉ, Cristina Vaz de Carvalho, editora regional do boletim Jornalistas & Cia, Thaís Naldoni, editora-executiva do Portal Imprensa e apresentadora do programa Imprensa na TV, Marcelo Tavela, repórter do portal Comunique-se, Ivan Accioly, diretor da IAA Comunicação e Eventos, Bette Romero, diretora da Background Comunicação e Maurício Lara, jornalista e administrador de empresas.

Eis a Programação Completa:

16 a 18 de maio de 2008 no Vilarejo Praia Hotel – Rio das Ostras
Assessoria de Comunicação
e Relações de Poder
PROGRAMAÇÃO

16 de maio – (sexta-feira)
16h – Recepção e credenciamento
20h – Sessão solene de abertura
21h – Jantar

17 de maio – (sábado)
07h às 10h – Café da manhã

10h às 13h
Painel 1
O profissional de comunicação no front da política

Assessoria, consultoria e marketing em ano eleitoral. Planejamento e montagem da estrutura de campanha. A superestrutura e a candidatura sem recursos para comunicação. Interpretação das pesquisas. Reflexão sobre experiências históricas. Temas nobres e temas perigosos. Construção da imagem. A versatilidade nas adaptações de tática ou estratégia no decorrer da campanha. Relações com a mídia: repórter, editor e jornalista de imagem. Ocupação de espaços alternativos. O poder da internet. Montagem da pauta. A intervenção do jornalista nos programas eleitorais gratuitos. Relação com o marqueteiro. O limite entre a conveniência do discurso e a responsabilidade política. A defesa de idéias, movimentos e instituições. A relação entre o processo eleitoral e os interesses da cidadania.

PALESTRANTES

. Cláudio Gama, diretor do Instituto Mapear, antropólogo e mestre em Sociologia
. Hayle Gadelha, jornalista, poeta, publicitário e consultor de marketing
. Jan Theóphilo, colunista Informe O DIA
. Evandro Vieira Ouriques, jornalista, cientista político, terapeuta de base analítica e coordenador do Núcleo de Estudos Transdisciplinares de Comunicação e Consciência / ECO/UFRJ

MEDIADOR
. Aziz Filho, editor da sucursal Rio da revista Isto É e atual Secretário-Geral da diretoria do SJPMRJ

13h às 14h30min – ALMOÇO

14h30min às 16horas
Painel 2
Quando o jornalista e o jornalismo são notícia

Os veículos de comunicação que tratam o jornalista e o jornalismo como notícia: Como se desenvolveram e como contribuem para qualificação profissional. A imagem do profissional de comunicação. As especificidades do mercado. Qual o foco dos serviços oferecidos. Como as informações podem contribuir para a organização do mercado e para a reflexão sobre o fazer jornalístico. Como o assessor de comunicação se insere nesse universo.

PALESTRANTES

. Cristina Vaz de Carvalho, editora regional do boletim Jornalistas & Cia
. Thaís Naldoni, editora-executiva do Portal Imprensa e apresentadora do programa Imprensa na TV
. Marcelo Tavela, repórter do portal Comunique-se

MEDIADOR
. Ivan Accioly – diretor da IAA Comunicação e Eventos

16h às 16h45min – Painel 3
Análise de Mídia

. Bette Romero, jornalista, empresária e diretora da Background Comunicação

16h45min às 17h
COFFEE-BREAK

17h às 18h30min
CONFERÊNCIA
Comportamento dos assessores nas suas relações com o poder

.Maurício Lara, jornalista, escritor e administrador de empresas

18h30min às 19h
COFFEE-BREAK
21h
Jantar
23h
Festa de encerramento

18 de maio – (domingo)
07h às 10h – Café da manhã
13h – Almoço
16h – Retorno ao Rio de Janeiro

Prof. Evandro mediará Seminário Mídia, Segurança e Direitos Humanos, uma iniciativa da SEDH e do UNIC-Rio, apoio ABI, NETCCON.ECO.UFRJ e UNESCO





Será nesta segunda-feira, 5 de maio, às 14h, na Sala Belisário de Souza, no 7º andar da sede da Associação Brasileira de Imprensa (Rua Araújo Porto Alegre, 71-Centro do Rio), o seminário “Mídia, Segurança e Direitos Humanos”. O evento faz parte das comemorações do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, do 60º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos e do centenário da ABI, festejado em 7 de abril.

O seminário contará com as participações especiais do Ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria Especial de Direitos Humanos; de Giancarlo Summa, Diretor do Centro de Informação das Nações Unidas (UNIC) para o Brasil; e do Presidente da ABI, Maurício Azêdo.

O Coordenador do Núcleo de Estudos Transdisciplinares de Comunicação e Consciência-NETCCON.ECO.UFRJ Prof. Dr. Evandro Vieira Ouriques será o mediador do debate.

“Mídia, Segurança e Direitos Humanos” é uma iniciativa da UNIC-Rio e da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH), com o apoio da ABI, do Núcleo de Estudos Transdisciplinares de Comunicação e Consciência da UFRJ e da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura-UNESCO.

Os interessados em participar devem enviar mensagem para o e-mail centenario@abi.org.br ou ligar para (21) 2220-3222. A entrada é gratuita, mas as vagas são limitadas.

A programação completa será a seguinte:

14h
Abertura do evento, com o jornalista Maurício Azêdo (Presidente da ABI)

14h15
Exposição do Ministro Paulo Vannuchi (SEDH)

14h35
Palestra introdutória de Silvia Ramos (Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Candido Mendes)

15h
Experiências concretas — André Luiz Azevedo (repórter da Rede Globo de Televisão)

15h15
Experiências concretas — Ana Miguez (editora-executiva do jornal O Dia)

15h30
Experiências concretas — Angelina Nunes (Presidente da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo e editora-assistente do Globo)

15h45
A experiência internacional — Adauto Soares, coordenador interino do Programa de Comunicação e Informação da Unesco

16h
Debate

16h30
Conclusão — Giancarlo Summa (Diretor do Unic Rio)

Mediador do Seminário: Prof. Dr. Evandro Vieira Ouriques (Coordenador do NETCCON.ECO.UFRJ)

Trocando e mediando Idéias no Viva Rio para abaixar a máquina entre fotógrafos do conflito urbano





Ontem tive a oportunidade de mediar a mesa do Trocando Idéia do Viva Rio, organizado por Samira Rabelo, sobre o filme Abaixando a Máquina: Dor e Ética no Fotojornalismo Carioca, que trata das questões de quem fotografa nas áreas de conflito urbano em nossa cidade.

A mesa foi composta pelos fotógrafos (da esquerda para a direita, na foto) Walter Mesquita, do Viva Favela, Nilton Claudino, Deise Lane, do Viva Favela, Domingos Peixoto, pelos diretores do filme Guillermo Planel e Renato de Paula, que nos honram sendo nossos alunos de Jornalismo de Políticas Públicas Sociais, e por Wânia Corredo e eu. No centro da imagem está Samira Rabello, coordenadora do Programa de Voluntariado do Viva Rio.

Pela primeira vez foram tocados entre eles pontos importantes das tensões existentes entre a experiência dos fotógrafos que atualmente entram nas comunidades acompanhando a polícia e os fotógrafos das comunidades que os vêem entrando.

Importantes questões começaram a ser tratadas, como por exemplo o uso do colete e a leitura que as comunidades fazem deles quando portados pelos fotógrafos dos grandes jornais. Várias tensões, inclusive muito pessoais, foram expostas, de certa forma algumas resolvidas e outras ganharam perspectivas de encaminhamento. O diálogo se estabeleceu.

Vamos continuar a aprofundar este processo na ECO no próximo semestre, dedicando-lhe uma das palestras de Jornalismo de Políticas Públicas Sociais, lembrando fizemos o lançamento deste excelente filme como uma atividade externa deste nosso curso em dezembro passado.

Carinhosa-mente, Evandro

Trato da Construção de Estados Mentais Não-Violentos na Mídia em disciplina criada para o Curso de Jornalismo da UFRJ

Acabo de criar a disciplina Construção de Estados Mentais Não-Violentos na Mídia no Curso de Jornalismo da ECO/UFRJ.
Esta é a Ementa:

DISCIPLINA
A construção de estados mentais não-violentos na mídia
Prof. Evandro Vieira Ouriques

EMENTA

A mídia não-violenta é aquela que se afirma na integração das conquistas pós-modernas da autonomia do profissional (o primado da invenção e da criatividade) com a vigência de valores universais que garantam a vinculação social, sem totalitarismos. Examinaremos a não-violência no sentido do cientista político Johan Galtung, sempre lembrando, com Gandhi, que a não-violência covarde é pior do que a violência por causas justas. Entende-se que a gestão da informação e do conhecimento dependem de uma mudança da economia psíquica do sujeito e das empresas em relação à questão da liberdade socialmente responsável (“o estado de espírito bárbaro está em cada um de nós”), através da desobediência civil mental. O que interessa, portanto, é a investigação e a prática de uma certa autonomia do papel do profissional, da linguagem e das audiências em relação ao sistema e aos dispositivos de comunicação.

BIBLIOGRAFIA

1. OURIQUES, Evandro Vieira. 2004. A desobediência civil mental: Gandhi, Comunicação e Democracia. Inédito.
2. ________________________ (org. e ed.). 2003. Diálogo entre a civilizações: a experiência brasileira. ONU. Apoio da UNESCO e da Associação Palas Athena, entre outras.
3. GALTUNG, Johan. 2003. O caminho é a meta: Gandhi hoje. Palas Athena.
4. MATTELARD, Armand e Michele. 2003. História das teorias da comunicação. Edições Loyola.
5. MATURANA, Humberto e Verden-Zoller, Gerda. 2004. Amar e brincar: fundamentos esquecidos do humano. Palas Athena.
6. MCGOLDRICK, Annabel and LYNCH, Jake. 2000. Peace Journalism: How to Do It? October. http://www.transcend.org/
7. MELMAN, Charles. 2003. O homem sem gravidade: gozar a qualquer preço. Entrevistas por Jean-Pierre Lebrun. Companhia de Freud Editora, Rio de Janeiro.
8. ZIZEK, Slavoj. 2003. Bem vindo ao deserto do real!: cinco ensaios sobre o 11 de setembro e datas relacionadas. Boitempo Editorial, São Paulo.

Evandro Recommends A New Epistemological Perspective for Peace in the Essentially Masculine and Emblematic Crisis of Middle East

Article by Evandro Vieira Ouriques, Dr.

Strategy recommended by the author, as Member of the Global Lookout Panel of the Millennium Project of the American Council for the United Nations University, for the construction of Peace Scenarios in the Middle East.
2004

Dedicated to Lia Diskin, a Great Soul in Peace Action.

“What may appear as Truth to one person, will often appear as untruth to another person. But that need not worry the seeker. When there is an honest effort it will be realised that what appears to be different truths are like apparently different countless leaves of the same tree.”
Gandhi.

“The authority of a world democratic order simply cannot be built on anything else but the revitalized authority of the universe.”
Vaclav Havel .

“Not one of you is a believer until he loves for his brother what he loves for himself.”
Islam. Forty Hadith of an-Nawawi 13.

“We are members one of another.”
Christianism. Bible, Ephesians 4.25.

“When he [a certain heathen] went to Hillel, he said to him, “What is hateful to you, do not do to your neighbor: that is the whole Torah; all the rest of it is commentary; go and learn.”
Judaism. Talmud, Shabbat 31a.

Abstract
This article shows why the Peace demands an epistemological change only possible throught educational, therapeutical and media multileveld actions (strategical organizational planning included) based on the re-valorization of the Feminine Principle. Under the pressure of globalization, the State is changing only throught the lost of its maternal aspect (protection and social benefits), while its paternal aspect (control power) grows tremendously. Peace construction -and the planning of it- becomes more effective with the use of the occidental participatory epistemology (the article’s focus), connected with the philosophies of India, as the epistemology of the advaita philosophy and the political theory of Gandhian’s Satyagraha and Sarvodaya.

We must to change our epistemological fundamentals to obtain peace. Peace is the process of to do one, of to do unity. For this we need universal values such as nonviolence, truth and the unity of all life. Including the Prince of Wales, president of The Prince of Wales International Business Leaders Forum, recognizes that “the free market will not on its own build a society free of hunger, ill health and insecurity.” And he recommends the “building [of] a sense of partnership within society (…) and [to] bond people together in a common endeavour” .

But how we can do this if the Western hegemonic desconstructivist epistemology insists, to prevent totalitarisms, on the total impossibility of any essence and any unity? This is the reason for which the epistemology is always , and specially now, the central question to understand the fundamentals of peace and to define the strategical planning of the institutional actions that constructs it. UNESCO understands that XXI’s Education must begins from the learning of how we know –from the knowledge of the knowledge . Many people and instituitions are more and more conscious that the crisis is a epistemological crisis.

Edgar Morin said that “la connaissance ne peut être considérée comme un outil ready made, que l’on peut utiliser sans examiner sa nature. (…) la connaissance de la connaissance doit-elle apparaître comme une nécessité première qui servirait de préparation à l’affrontement des risques [psychiques et culturelles] permanents d’erreur et d’illusion, qui ne cessent de parasiter l’esprit humain” .

As UNESCO says, Education “shall be directed for the full development of the human personality” . The empiric evidences of sociological and psychologycal researches shows clearly the consequences of mental and emotional pertubations (noises of Communication) . When Middle East people sits to dialogue, they sit with their unconscious epistemological fundamentals, and with the emotional consequences of their mind position, their mind asana.

So, we need special educational and therapeutical integrative methods to facilitates the process when we are institutionally constructing peace. In the specific case of Middle East, that is necessary, for example, to the groups that discusses the supply of water (Water Works) available to both, the action of the religious leaders (Open City) to solve the Jerusalem problem, and the spreading of the grass roots peace movement (Dove). We must be conscious that the crisis is only epistemological. All the groups envolved with the peace dialogue were tragically traumatized by their individual, educational and social histories.

We must to consider this when we are planning ours peace actions. As Humberto Maturana says, “all that a human being does, takes place in a relational ground defined by his or her emotionning in the moment of doing it; This is also the case in the act of reflection” . So, the better peace action to do is to develop organizational and institutional strategic plannings with this in mind. Reliatory acts must stop, for example. But how? To do peace we are always talking about pardon and self-pardon, comprehension, compassion, vidya , the most difficult human conquest. But, as Hegel suggested, “a civilization [the same with a person, I say] cannot become conscious of itself, cannot recognize its own significance, until it is so mature that it is approaching its own death [or the death of a phase of the own individual life, I say]” . The Middle East is the emblematic approach of the death of the present civilization, of the present epistemological fundamental of our personalities, movements, institutions, companies and organizations of all kinds.

To solve this challenge we must a personal and institutional multileveled action through Education and Therapy, based in the immanent intelligence of Nature , as it is understanding by the integrative tendence of Western Philosophy an by the ancestral wisdom, as we will see here. This is very difficult because it demands a psychologycal change, a internal change of the person or of the personality of an institution or organization . Only throught this we can superate the pervading sense of a separate ego irrevocably divided from the encompassing world and the consequent unresolved psychologycal and social trauma of violences.

Middle East is the emblematic tragedy of a globalized perspective based over the epistemological divorce between Culture and Nature, subject and object, Masculine Principle and Feminine Principle. This is the only reason of the tragedy -the dominant dualism of the modern and post-modern mind: man and nature, mind and matter, self and other, experience and reality, man and woman, riches and poors, whites and blacks, groups and others, israelis and palestinians. In religious terms, this situation is directly related with the patriarchal point of view of three abrahamics religions: Judaism, Islamism and Christianism. That is why I recommended, since the 1st Round, a complex of integrative educational and therapeutical actions to re-valorizate the feminine aspect of divinity in the Middle East imaginary .

THE WORLD AS A MENTAL CONSTRUCT
AND THE CULTURE AS AN EXPRESSION OF THE NATURE.

To better understand this complex subject it’s basic to remember the figures of Copernicus, Descartes and Kant. As Richard Tarnas says, “the cosmological estrangement of modern consciousness initiated by Copernicus and the ontological estrangement initiated by Descartes were completed by the epistemological estrangement initiated by Kant: a threefold mutually enforced prison of modern alienation”.
When Copernicus have displaced the human being from the cosmic center and Darwin relativizated it in the flux of evolution, the human species start to spins adrift. Once the axis mundi of the cosmos, human being change himself, throught his own consciousness, in “an insignificant inhabitant of a tiny planet revolving around an undistinguished at the edge of one galaxy among billions, in an indifferent and ultimately hostile universe”. Nature is hostile, so we must to fight against it, control it, dominates it inside or outside us: Culture against Nature.

Descartes and the subsequent scientific developments does the same. All this efforts constructs a schism between the personal and conscious human subject and the impersonal and unconscious material universe “revealing a world devoid of spiritual purpose, opaque, ruled by chance and necessity, without intrinsic meaning.”

That is what we observe in the archetypical structure of the media’s language and daily common sense. Humanity lives a tragic paradox: at the same time it lives in a world that it conceives intrinsically hostile, where “its soul has not felt at home”, and, all the time, and in all products and services that it consumes, it looks for the qualities of love , trust, friendship, tenderness, solidarity, poetry, ecstasis, transcendence. One by one of the qualities that human dominant epistemology says that does not has foundation in the empirical universe.

In this scenario, Kant’s recognition of the human mind’s subjective ordering of reality emerges like the central argument of the shift from the modern to the postmodern conception of reality. This epistemological position will be, since Kant, the host of all subsequent philosophical, scientific, political, economical and social developments.

As Tarnas brilliantly synthetized for us, “the consensus is decisive: The world is in some essential sense a construct. Human knowledge is radically interpretive. There are no perspective-independent facts. Every act of perception and cognition is contingent, mediated, situated, contextual, theory-soaked. Human language cannot establish its ground in an independent reality”.

This epistemological position has dominated the XX Century and our Western universities. Then, all the explanations of the universe, life and political, economical and social organization have been systematically “cleansed” of all spiritual qualities, desconstructing all the great traditional explanations. This is the epistemology that for the past three centuries the Western mind has considered intellectually justifiable. “In Ernest Gellner’s words, ‘It was Kant’s merit to see that this compulsion [for mechanistic impersonal explanations] is in us, not in things’.” And “it was Weber’s to see that it is historically a specific kind of mind, not human mind as such, that is subject to this compulsion.”

HOW, WHEN AND WHERE
THERE IS NO DIFFERENCE BETWEEN DIFFERENTS

But the important conquest of the desconstrutivism finishes when it assumes itself as the absolute and the “realistic” perspective. As the only “real” experience of the world, in which the original consciousness of undifferentiated organismic unity with the Feminine Principle -a participation mystique with Nature- has been outgrown, disrupted, and lost. That is no more non-human laws. Today, even the human laws are disrespected as we saw in Kosovo, in Irak, in ours daily lives. The only law is the law of power, the desire for power, that talks about itself as the absolute nature of man.

But when one really pratices the desconstructivist method he needs to desconstruct the desconstructivism itself, as a logical consequence of itself. And one can find, for example, the epistemological system of the integrative Western philosopy and the advaita (non-dualist) philosophies of India. This another epistemology operates at the same time with diversity and unity.

For the Tantra, for example, there is only consciousness. The life we live is the direct result of the level and kind of our consciousness. That is the same that Kant and Nietzsche said -the world is a construct. But with a essential difference. The individual making decision’s process has in this epistemology, a reference: the ultimate reality. Then, the tantric social group tends to have an accurated sense of partnership: Brahman and its ethics, the Dharma, that re-unify the individuals throught their liberty. The individual process of re-connection with the matrix of being is the process of the conquest of freedom. Freedom, in this epistemological context, is to do the better that you can. The quality of the “better you can do” appears to you, to your family, friends, work, groups, societies, media, humanity.

This is a comlete paradox for Western hegemonic philosophy: a primordial no-human law that lives within the human liberty, because it is all, it is the Unity. This epistemology allows an entrance in time and history coherent with the enchantment of the cosmos. A total immersion in an ethical world, in which that is no contradiction between the individual liberty and the ultimate reality.

West desconstructivism is looking for the experience of complete liberty since many centuries. In this sense, the Sri Vidya philosophy of the South of India is very important. The goddess Lalita Mahatripurasundari is the central one of this tradition -the School of Auspicious Wisdom- a branch of Sakta Tantrism. This tradition is proeminent in the South of India, and has many variants on its theme, but (and this is absolutely decisive to epistemology and so to the construction of peace) none claim to be different than the others.

In this epistemological context we have, all the time, the union of the multi-differents, of the multi-apparent, of the n opposites. Diversity reveals itself only as singularity. The goddess Lalita is everything, including the Trimurti, the triple quality of ultimate reality simbolized in hindu tradition by Brahma, Vishnu and Shiva -all of them created by Brahman- and she is too the interdependence and the union of Siva (Masculine Principle) and Sakti (Feminine Principle) . She is too, at the same time, one of the wives of Shiva, Shiva, everything and the dissolution of everything.

The goddess Lalita’s physical appearance completely changes with the cycle of her fifteen Nityas (the complete lunar cycle) or eternities. For each phase of the moon (Nitya), the goddess has a different appearance, a different name, a different mantra and a different yantra, but through all the Nityas -as the moon remains itself- she remains ever faithful to her true self.
This is another, certainlly more sophisticated and much more comprehensive epistemological perspective for the relation between diversity and unity, subject and object. The goddess Lalita is, at once, (1) the knower, (2) the process of knowing, and (3) the object of knowledge. To the Sri Vidya tradition these three categories do not differ from one another but are all one and the same. Once the knower begins the process of knowing, that knower becomes the object of knowledge: when one realizes the epistemological perspective of non-duality of this triad, and realizes that She/He is the knowledge for which She/He is searching, She/He gains a glimpse of the Absolute throught the dissolution, the desconstruction of herself.

THE PARTICIPATORY EPISTEMOLOGY AND
THE CONSTRUCTION OF PEACE

“At the same time that the Enlightenment reached its philosophical climax with Kant, the integrative epistemological perspective began to emerge in West with Goethe and was developed by Schiller, Schelling, Hegel, Coleridge, Emerson, and articulated within the past century by Rudolf Steiner. All these thinkers haven a fundamental conviction that the relation of the human mind to the world was ultimately not dualistic, but participatory”, says Tarnas. That is the appropriate epistemology to construct peace.

If we study the ancient Western cultures, like the indigenous perspectives, we find the same epistemology, lato sensu. Like Kantian epistemology, these perspectives organizes itselves in the same way: all human knowledge of the world is, in some sense, determined by subjective principles. For the advaita philosophy of India, once more, reality does not exist: only consciousness exists.

In this participatory conception, as Tantra teachs, these subjective principles -subjectivity as the ground of liberty- are an expression of the world’s own being, and, with Tarnas, “the human mind is ultimately the organ of the world’s own process of self-revelation. In this view, the essential reality of nature is not separate, self-contained, and complete in itself, so that the human mind can examine it “objectively” and register it from without. Rather, nature’s unfolding truth emerges only with the active participation of the human mind. Nature’s reality is not merely phenomenal, nor is it independent and objective; rather, it is something that comes into being through the very act of human cognition. Nature becomes intelligible to itself through the human mind”.

That is the epistemological reason for Nature pervades everything, and the human mind in all its fullness is itself an expression of Nature’s essential being. Culture is a expression of Nature. Rather, “the world’s truth realizes itself within and through the human mind”. Tarnas remember that “this participatory epistemology is not a regression to naive participation mystique, but it is the dialectical synthesis of the long evolution from the primordial undifferentiated consciousness through the dualistic alienation. It incorporates the postmodern understanding of knowledge and yet goes beyond it”.

Since 1969 I am constructing, at Academy, conceptual and operational instruments to go beyond this epistemological crisis and, since 1992, specifically with methods to surpass it throught the re-valorization of the Feminine Principle. We must do that, because Western Philosophy has been, archetypically, a masculine phenomenon that affected with its male perspectives all human thought, feelling, behavior, relationship, sexuality, religion, science and social theory.

Since the barbarians invasions about circa 4000 BC, when the matrifocal organization was destroyed, all the major languages of the Western tradition have personified our species, as we know, with words that are masculine in gender: anthropos, homo, l’homme, el hombre, l’uomo, o homem, chelovek, der Mensch, man, humanity. As Tarnas says, “the ‘man’ of the Western tradition has been a questing masculine hero, a Promethean biological and metaphysical rebel who has constantly sought freedom and progress for himself, and who has thus constantly striven to differentiate himself from and control the matrix out of which he emerged. This masculine predisposition in the evolution of the Western mind, though largely unconscious, has been not only characteristic of that evolution, but essential to it.”

That is the origin of all the human crisis, and, of course, the origin of the emblematic Middle East crisis: the Western impulse to create an autonomous rational human self, separated from the primordial unity with Nature, from the Mother Principle. That is a disaster, because when we murdered our Archetypical Mother it is obvious that we can murder our brothers and sisters, with weapons or/and with subtle agressive interpersonal relationship, and with politics and economics.

The failure of the social cycle of ONU conferences during the 90’s, and of other decisive international attempts, as the Summit of the Americas in Monterrey, in January 2004, have announced the present escalade of the terrorism of all orders: psychical, economical, political and social . The Millennium Development Goals (MDGs) are endangered, and available estimates suggest that for all countries to meet the MDGs by 2015, at least US$ 50 billion a year in additional ODA would be needed. But the last report of the World Commission on the Social Dimension of Globalization, established by the International Labour Organization (ILO) in February 2002, remember that perhaps humanity will have only US$ 16 billion by 2006 -this still leaves over two-thirds of the total to be met, even if all commitments are honoured .

Our crisis is, in fact, the result of the great patriarchal nomadic conquests in Greece and of the genaral Levant over the ancient matrifocal cultures, as I said, and is perfectly visible in the West’s patriarchal religion beginning from Judaism, as we can see, for exemple, in the Judaeo-Christian and Babilonic denial of the Great Mother Goddessas. To obtain the independent individual ego and the self-determining human being, the masculine epistemology has repressed the Feminine Principle: only man is a conscious intelligent being. The woman, the body, the “no-civilized”, the Nature and the Cosmos are blind, no-intellingent, no-alive and so purely mechanistic. “God is dead” and we live on an absolute isolation. Like enemies in the field of struggle. Like enemies in the Middle East. Atomized, soulless and self-destructive, projectively identified as “other”.

So, the crisis is an essentially masculine crisis. Its resolution is been constructing in the great emergence of the feminine in our culture, in the re-emergence of the integrative tendance of Western philosophy and of the ancient wisdom, in the desconstruction of the desconstrutivism, in the emergence of the right hemisphere of the brain and in the emotional and spiritual intelligences. I demonstrated systematically how the media virtually uses all the values of the feminine to qualify its products because the human being needs unconsciously rediscover and re-unite itself with the mystery of life, of nature, of soul: rediscover the Sacred Unity, as Gregory Bateson shows in a pioneer way.

WHEN THE MIND WAS DEVELOPPED UNTIL REACHING ITS FURTHEST LIMITS, THE EPISTEMOLOGY IS THE QUESTION AND THE INTEGRAL COMMUNICATION IS THE SOLUTION.

To solve this paradox in the field of Communication and Culture, I created, in 2001, the Model of Integral Communication, having the Being as the reference point -as foundation’s foundation. Instead of emissor and receptor, the human is, within this new model, a multi-creative channel.

The basis of Communication is the duality: Silence and Speech, Presence and Absence, Feminine and Masculine, Black and White, Forms and Colors, Estability and Movement, Newness and Redundancy. The apparent duality is the language of Nature. So, this new Theory of Communication shows why Communication is much more than media: it is the proper language of Nature, of the Universe. It is all, and we and all are within it. We are, totally, and only, itself. Epistemology is the question, Integral Communication is the solution.

The paradigm of the Model of Integral Communication is, of course, the integral or integrative paradigm. It is, at the same time, a conceptual and an operational domain, that originates new educational and therapeutical methods and gives occidental epistemological support to the ancient and not yet hegemonic epistemologies of humanity. It operates ethics producing communion, peace on the community. In this sense, I have demonstrated, in 1992, with Life, Geometry and Society , my Master on Communication and Culture/FURJ, the importance to Communication and Politcs of the force of the affective field (Psycology) as decisive for the construction of the consciousness (formation of the public included, of course). And, overall, how the media constructs its values throught euclidean and chaos geometries, including the writing, understood as the design of the oral language, the design of mind, itself the design of the world, the human dimension.

In the Model of Integral Communication the ego shows up as the origin of the crisis, marked by the imperium of the desire and struggle for power throught the antecipation of the future, instrumented by the technology. For Marcio Tavares d’Amaral, Dr., brazilian philosopher and psychoanalist, philosopers and thinkers need meditation when they want to think under the pressure of the globalizaded philosophy. That is the importance of meditation processes. We know that time is the central question for the great historical spiritual traditions as well to actuality . We must operate conscious that eternity is the way out for the violence of forms, the way out of the absence of ethics.

Only with the presence of the Being in our decisions making process we can modify society’s future . This is done starting from universal values. That is the precise goal of my work with integrative methods for strategic organizational and personal development. This epistemology and its educational and therapeutical methods contributes -in a decisive way- to dilute resistances to the Being found in people through the development of the mind until reaching its furthest limits (Jnana Yoga, in hinduist terms).

The reunion with Feminine Principle can now occur on a new and profoundly different level from that of the primordial, ancestral unconscious unity. The long evolution of human consciousness has prepared it to be capable at last of embracing the ground and matrix of its own being freely and consciously.

This, as Tarnas synthetized so well, “is visible not only in the rise of feminism, the growing empowerment of women, and the widespread opening up to feminine values by both men and women, and not only in the rapid burgeoning of women’s scholarship and gender-sensitive perspectives in virtually every intellectual discipline, but also in the increasing sense of unity with the planet and all forms of nature on it, in the increasing awareness of the ecological and the growing reaction against political and corporate policies supporting the domination and exploitation of the environment, in the growing embrace of the human community, in the accelerating collapse of long-standing political and ideological barriers separating the world’s peoples, in the deepening recognition of the value and necessity of partnership, pluralism, and the interplay of many perspectives. It is visible also in the widespread urge to reconnect with the body, the emotions, the unconscious, the imagination and intuition, in the new concern with the mystery of childbirth and the dignity of the maternal, in the growing recognition of an immanent intelligence in nature, in the broad popularity of the Gaia hypothesis. It can be seen in the increasing appreciation of indigenous and archaic cultural perspectives such as the Native American, African, and ancient European, in the new awareness of feminine perspectives of the divine, in the archaeological recovery of the Goddess tradition and the contemporary reemergence of Goddess worship, in the rise of Sophianic Judaeo-Christian theology and the papal declaration of the Assumptio Mariae, in the widely noted spontaneous upsurge of feminine archetypal phenomena in individual dreams and psychotherapy. And it is evident as well in the great wave of interest in the mythological perspective, in esoteric disciplines, in Eastern mysticism, in shamanism, in archetypal and transpersonal psychology, in hermeneutics and other non-objectivist epistemologies, in scientific theories of the holonomic universe, morphogenetic fields, dissipative structures, chaos theory, systems theory, the ecology of mind, the participatory universe -the list could go on and on. As Jung prophesied, an epochal shift is taking place in the contemporary psyche, a reconciliation between the two great polarities, a union of opposites: a hieros gamos (sacred marriage) between the long-dominant but now alienated masculine and the long-suppressed but now ascending feminine.”

But there is a tremendous challenge to achieve this reintegration of the feminine: we must undergo a sacrifice, we must undergo the death of our proper ego. And help the interested people and organizations to do the same. It is for this reason that I strongly recommend the concentration on programs of Education and Therapy to the construction of peace. A millenarian tradition of repressed feminine has caused tremendous and tragical traumas on human personalities. That is the origin of the circle of retaliatory acts. The Western and its emblematic Middle East mind must be help on its willing to open itself, because in reality is incredible difficult to change the established beliefs and feellings about itself, the world, and the pseudo enemy. This is the real act of a heroe.

To go beyond the current situation, it is absolutely necessary a heroic act of imagination to see through and overcome our unconscious shadow, epistemologically based, to freely choose to enter into a fundamentally new relationship of mutuality, when the enemy is not a enemy but a brother and a sister, sons of the same Mother and the same Father. We need a Mother Nature not objectified like the “other”, controlled, denied, hummiliated and exploited, but fully understood and respected, because it is all, it is ourselves, the source and the goal of its ethical immanent presence -Dharma.

This epistemological position can construct the great change. As Tarnas, I consider that the “stupendous Western project should be seen as a necessary and noble part of a great dialectic, and not simply rejected as an imperialist-chauvinist plot. Not only has this tradition achieved that fundamental differentiation and autonomy of the human which alone could allow the possibility of such a larger synthesis, it has also painstakingly prepared the way for its own self-transcendence. (…) It brings an unexpected opening to a larger reality that cannot be grasped before it arrives, because this new reality is itself a creative act.” In fact, we are living today the death of modern man, the death of Western man. The end of “man” is now at ours consciousness and so at our hands. Man is a epistemological concept that must be overcome, and fulfilled, “in the embrace of the feminine”. Only when humanity can find a no-gender name to itself it will be free.

As Budhist tradition says, “this world of men, given over to the idea of “I am the agent,” bound up with the idea “another is the agent,” understand not truly this thing; they have not seen it as a thorn. For one who looks at this thorn with caution, the idea “I am the agent” exists not, the idea “another is the agent” exists not” .

In emergent strands of Western integrative thought, the relation between truth and action or truth and humanity has become decisive. Action needs to be guided individually and collectively by truth. “Truth and Love -ahimsa- is the only thing that counts. Where this is present, everything rights itself in the end. This is a law to which there is no exception” , teachs Gandhi.
Appendix

Truth and Peace:
now, only the feminine principle will assure
the dialogue in the Middle East.

By Evandro Vieira Ouriques, Dr.
Strategy Recommended to the Millennium Project in the
2nd Round of Millenium Questionnaires, 2003.

It is imperative to overcome the contemporary obscurantism of the Feminine Principle, both in the Jewish and Islamic traditions, as they are very often professed. This emblematic conflict is not a coincidence. It is basically a conflict between two (Judaism and Islamism) of the three world monotheist religions, with the intervenience of the third one (Christianism) of its, in which the central fundamental is masculine. In fact this conflict -it is the failure of the Patriarchal system.

This can be overcome in a two-way process:

1. Education based on the Feminine Principle values that -with compassion, solidariety, protection and unconditional love- established that we are all brothers and sisters, stimulating the permanent self-knowledge.

2. Emotional and spiritual re-education, throught Therapy based too on the Feminine Principle, of people, organizations and populations.

I. Selected Actions

a. (4.16) Honor international commitments in good faith.
b. (6.13) Include the teachings of Buddha, Hindu principles of tolerance and the
Gandhian ideas of Ahimsa and Non-violence in the school curriculum in
Israel and Palestine.
c. (6.15) Inculcate a mindset of co-existing in spite of differences by educating the
younger generation on the need for tolerance and unconditional love.

II. Diagnosis

I reinforce what I have recommended in the First Round of this study: the Lack of Confidence is the key-feeling of the crisis conflict based on the suppression of the “Other”. This lack occurs throught the follow integraded levels:

1. The Confidence in the Other

In the most immediate level of the crisis, we find the lack of confidence in the other person or other groups, moved by the follow stractural conception:”he does not understand me and I am right”. It is the lack of skill to communicate. As Life is only a Communication Field, this attitude breaks up the psychic and social cohesion. Statistics confirm that. Even well successful actions to construct peace scenarios -at the cost of much work, hopes and resources during the 70’s, 80’s and 90’s- are facing now a scaring reality: social tragedy has grown.

2. The Self-Confidence

In a deeper level, we have the lack of self-confidence. The desorientation, the social and psychic unsafety, depression, agression, corruption, are all symptoms of disease, of the lost of the capacity of to do Unity.

3. Confidence in Life

In a much deeper level, there is the lack of confidence in Life. The lack of confidence in the force that created itself. That is what Sagans Cosmic Calendar shows. It is like a child that feels rejected by his Mother. Lonely, insecure, and feeling guilty and revengeous. However, we are Nature´s sons and daughters (14-15 billion years of big Bang versus circa 80 thousand years of Homo Sapiens), manifestations of universal energy, as it is demonstrated by Physics.

III. The permanent presence of the religious aspect in the negotiations

The implementation of Truth as a pre-condition for the peace-building, reconnecting persons, organizations and institutions with the Sacred Unity (Gregory Bateson), surpassing the oblivion of the Being´s oblivion (Heidegger).

Due to the fact that there is only consciousness in the consciousness of Totality, I strongly recommend NOT to leave out the religious aspect in the negotiations moments. Because in this aspect leaves the exact reason of this emblematic conflict. If we don´t comprehend this complex theme, Peace will never be reached!

1. Agents Involved

All people in all moments of their lives, in all their relationships, specially those who have more spiritual, emotional and material resources and work with Education, Therapy and Media. Those are the one who will have more contributions to be given now.

Teachers must be supported and helped by governaments.

2. Tactics

Mobilization in all possible fields, maintaining self-transformation to eliminate mistaken information of an antropocentric and patriarchal past, in favor of matrifocal thoughts and actions, in which ego is no more a guidance of decision making.

Consider that the perpetuation of a unfare regime depend on cooperation, obedience and consent from people, groups and populations. The agressor feeds the victims submiting them to him. The path to change this relationship is self-education to not to cooperate with injustice, to not cooperate with indignity, to not cooperate with humiliation. We must create non-violent cells for resistance (Gandhi).

OBSERVAÇÃO: tendo em vista o grande número de notas deste estudo elas estão disponíveis sob pedido.